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Lupi pede demissão da Previdência após escândalo no INSS; Lula escolhe Queiroz como novo ministro

2 mai 2025 - 18h03
(atualizado às 18h25)
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Carlos Lupi pediu demissão do comando do Ministério da Previdência Social nesta sexta-feira em meio ao escândalo de descontos indevidos de aposentados do INSS, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da pasta, como novo ministro.

"Entrego, na tarde desta sexta-feira, a função de ministro da Previdência Social ao presidente Lula, a quem agradeço pela confiança e pela oportunidade", disse Lupi na rede social X. "Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso".

Lupi entregou o cargo na esteira do desgaste político provocado pela operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), na semana passada, sobre descontos de mensalidades em folha de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por entidades sem a devida autorização.

Embora o nome de Lupi não tenha sido envolvido diretamente no escândalo, prevalecia no governo a avaliação de que o então ministro não tomou as providências necessárias para deter o problema, nem agiu para substituir dirigentes do INSS após a revelação das investigações.

Coube a Lula demitir o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e o tema seguiu gerando problemas à imagem do governo, sendo explorado pela oposição, que pode até mesmo conseguir emplacar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso.

Lupi, que assumiu "inteira responsabilidade" pela indicação do então presidente do INSS, admitiu demora da pasta em dar resposta às denúncias de fraude. No entanto, ele negou que tenha sido omisso e chamou a atenção para o fato de a operação da PF e da CGU ter surgido a partir de investigação interna de seu ministério.

"Toda essa operação deflagrada agora foi iniciada por uma auditoria feita pelo INSS, do governo do presidente Lula, para coibir fraudes e corrupção", disse Lupi durante audiência em comissão da Câmara dos Deputados na terça-feira.

Na ocasião, ele também aproveitou para destacar que o governo montou, logo no início do terceiro mandato de Lula, uma força-tarefa contra fraudes na Previdência, que levou a 268 casos investigados, 192 mandados de prisão e 701 mandados de busca e apreensão, além da projeção de economia de R$1,1 bilhão aos cofres do INSS.

O Palácio do Planalto informou, em nota oficial, que a nomeação de Queiroz como ministro no lugar de Lupi será publicada em edição extra do Diário Oficial da União ainda nesta sexta.

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