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Lula diz que comportamento de Trump não dará certo; defende Brasil manter equilíbrio

8 abr 2025 - 13h32
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira acreditar que o comportamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não vai dar certo, acrescentando que o Brasil manterá o equilíbrio na tomada de decisões, com base na própria realidade.

FILE PHOTO: Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva speaks during the National Seal of Commitment to Literacy Award Ceremony in Brasilia, Brazil February 10, 2025. REUTERS/Adriano Machado/File Photo
FILE PHOTO: Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva speaks during the National Seal of Commitment to Literacy Award Ceremony in Brasilia, Brazil February 10, 2025. REUTERS/Adriano Machado/File Photo
Foto: Reuters

Falando no 100º Encontro Internacional da Indústria da Construção, em São Paulo, Lula ainda afirmou que o Brasil precisa de estabilidade econômica e fiscal, defendendo que o país não pode ser "vítima de um cavalo de pau".

"Eu estou vendo o comportamento do presidente Trump nos Estados Unidos, eu não sei o que vocês pensam, mas eu acho que não vai dar certo", disse Lula em seu discurso.

"Ninguém pega um transatlântico daqueles carregado, e muito carregado, e faz as coisas que estão acontecendo lá. Ninguém brinca que o mundo não existe com quase 200 países", acrescentou.

Em sua fala a uma plateia composta majoritariamente por empresários, Lula defendeu que é necessário haver previsibilidade e afirmou que aqueles que investem em um país não podem ser pegos de surpresa a todo tempo com novidades e novas medidas.

"A coisa mais importante hoje é o multilateralismo. Quantos anos vocês passaram ouvindo que era preciso ter livre comércio? Quantos anos passaram ouvindo que era preciso ter globalização, que era preciso combater o protecionismo?", disse Lula.

"E, de repente, o mundo tem um cavalo de pau, em que um cidadão sozinho acha que é capaz de ditar regras para tudo o que vai acontecer no mundo. Eu tenho que dizer a vocês que pode não dar certo, e por isso é importante que nós brasileiros mantenhamos o equilíbrio para que a gente tome decisões com base na nossa realidade."

Na semana passada, Trump anunciou o que chamou de "tarifas recíprocas" para as importações de quase todos os países aos EUA em um abalo para o comércio internacional que provocou perdas em massa nos mercados financeiros.

Para o Brasil, o presidente norte-americano anunciou tarifas adicionais de 10%, bem abaixo do que impôs sobre outros parceiros comerciais norte-americanos, como a China e a União Europeia.

Em sua fala, Lula também voltou a afirmar que a economia brasileira terá bom desempenho neste ano, afirmando desta vez que isso acontecerá "apesar da taxa de juros, apesar do Trump".

"Neste país está acontecendo um milagre. Não é o milagre da macroeconomia, é o milagre da microeconomia", disse.

Lula voltou ainda a defender que "o dinheiro tem que circular na mão de todos" e não pode "ficar concentrado na mão de meia dúzia vivendo de especulação, vivendo de dividendos e aplicando".

"Esse dinheiro precisa circular, é por isso que nós temos hoje a maior e mais importante política de microcrédito da história desse país. Eu quero o dinheiro circulando na mão do povo de baixo, do pessoal do andar de baixo", afirmou.

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