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SP: impasse no transporte coletivo leva centenas às ruas de Marília

Três empresas operaram com duas tarifas diferentes na cidade nesta segunda-feira

18 jun 2013 - 20h50
(atualizado às 21h21)
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<p>Carregando cartazes, moradores de Marília protestaram nesta terça-feira</p>
Carregando cartazes, moradores de Marília protestaram nesta terça-feira
Foto: Izabel Dias / Especial para Terra

Cerca de 300 pessoas fizeram um protesto no final da tarde desta terça-feira em Marília, interior de São Paulo, contra o impasse no transporte coletivo da cidade e a "guerra" de liminares entre as empresas que oferecem o serviço. Durante o dia, três empresas operaram com duas tarifas diferentes e no final da tarde outra liminar da Justiça, reconduziu as duas empresas que haviam vencido a licitação ao preço de R$ 2,15 a tarifa.

O protesto foi organizado pelas redes sociais. Com faixas e cartazes e gritando palavras de ordem, estudantes e usuários do transporte coletivo fizeram uma passeata que começou em frente ao prédio da Prefeitura e percorreu as principais ruas do centro até o Terminal Urbano. A Polícia Militar acompanhou a passeata de longe e não houve confrontos. O maior número de policiais e viaturas ficou concentrado no Terminal Urbano. Houve transtornos no trânsito na ruas do centro, já que os manifestantes caminhavam entre os veículos em vários pontos das avenidas.

As lojas permaneceram abertas durante a passeata e muita gente parou para ver o protesto demonstrando apoio aos manifestantes. “Acho certo protestar porque tá uma bagunça o transporte coletivo em Marília, além de caro”, disse a vendedora Maria de Lurdes Santos.

Quem passava de carro buzinava em apoio aos manifestantes, que gritavam: “ei você de carro, o combustível também tá caro”. Além do transporte coletivo, o protesto em Marilia também lembrou temas do movimento que está acontecendo em todo Brasil como os gastos com a Copa do Mundo e contra corrupção.

O estudante Luciano Cruz, um dos integrantes do movimento, disse que tudo foi organizado muito rápido através das redes sociais e em razão da situação que a cidade vive com o transporte coletivo urbano. “Estamos nesse impasse aqui na cidade com as empresas e também a questão nacional motivou ainda mais a população ir às ruas”, disse.

Marília tem 225 mil habitantes e há cerca de 30 anos apenas uma empresa operava o transporte coletivo na cidade. A reivindicação da população pelo fim do monopólio ocorre há vários anos, mas somente no ano passado a Prefeitura alterou a legislação para permitir que outras empresas operassem.

Foi aberta licitação e as duas empresas que venceram começaram a operar esse ano, inclusive praticando preço da tarifa de R$ 2,15, enquanto que a empresa Circular cobrava R$ 2,30. Começou então uma “guerra” de liminares na Justiça entre as três empresas.

Hoje, a empresa Circular voltou a operar. Mas menos de 24 horas depois de obter a liminar, a Circular teve que recolher seus ônibus porque as outras duas empresas, Grande Marília e Viação Sorriso, conseguiram novamente o direito de atuar na cidade. A população espera que a situação seja definitiva. Mas um novo protesto está marcado na cidade para a próxima sexta-feira. 

Fonte: Terra
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