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Manifestantes protestam e fecham pontes em Florianópolis

Por volta das 20h30, o grupo fechou as pontes Pedro Ivo e Colombo Salles, acessos que ligam a Ilha de Santa Catarina ao continente

18 jun 2013 - 20h53
(atualizado em 19/6/2013 às 10h46)
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<p>O ato em Florianópolis começou no final da tarde diante do Terminal Integrado do Centro (Ticen)</p>
O ato em Florianópolis começou no final da tarde diante do Terminal Integrado do Centro (Ticen)
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra

Cerca de 5 mil manifestantes, segundo os cálculos do comando da Polícia Militar de Santa Catarina, protestaram nas ruas de Florianópolis na noite desta terça-feira. O ato começou no final da tarde diante do Terminal Integrado do Centro (Ticen). Por volta das 20h30, o grupo fechou as pontes Pedro Ivo e Colombo Salles, acessos que ligam a Ilha de Santa Catarina ao continente. Com vários cartazes, os manifestantes protestaram contra os gastos da Copa do Mundo no Brasil e principalmente, contra o sistema de transporte público da cidade. “É hora de protestar, saúde é mais importante do que o Neymar”, gritavam.

Filas de mais de 5 quilômetros se formaram ao redor do acesso. Os manifestantes deitaram na pista, fizeram rodas de capoeira, cantaram e até promoveram apresentações teatrais. O ato dividiu os motoristas que tentavam voltar para casa. “Quanto tempo de descanso vou perder?”, disse Clemente Machado, 29 anos. “Tudo bem fazer protesto, mas desde que não prejudique os outros.”

Por outro lado, Kátia Domingos Lima, 58 anos, aproveitou para fotografar a paralisação. “É um momento histórico e quero registrar”, disse ela, que mora em Palhoça. “Não importa quanto tempo eu tenha que esperar. Estamos lutando por um país melhor e admiro esses meninos.”

O tenente coronel Araújo Gomes, da PM catarinense, disse que militares acompanharam todo o ato, mas garantiu que não haveria intervenção. “Foi um ato pacífico e ordeiro, estamos esperando eles liberarem as pontes para que tudo volte ao normal”, afirmou.

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Antesm, por volta das 19h, o grupo seguiu em passeata até a sede da Assembléia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Diante do prédio, o grupo gritou palavras de ordem contra os deputados e o governo estadual. A passeata foi acompanhada de perto pela Polícia Militar e, a exemplo do que ocorreu em outras capitais, equipes da RBS TV - afiliada da Rede Globo - foram hostilizadas.

“O que queremos é um país melhor, sem gastos com secretarias regionais, sem lenga-lenga e despesas imensas para a Copa”, afirmou Sebastião Martins da Costa, 65 anos, que ajudou a carregar uma das faixas no início da passeata.

O grupo seguiria pela avenida Mauro Ramos, uma das principais da cidade, e em seguida para a casa do governador Raimundo Colombo, localizada na avenida Beira Mar Norte. O ato será finalizado às 23h diante do Ticen.

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

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Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40.

O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

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Colaborou com esta notícia o internauta Juliano G. Zoz, de Florianópolis (SC), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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