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RJ: 'Deus sabe que você não se afogou', desabafa mãe de Edson Davi, desaparecido há 2 meses

Marize Araújo relata descaso e pede para que caso não seja esquecido; polícia afirma que as investigações continuam

4 mar 2024 - 17h11
(atualizado às 17h50)
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Resumo
A criança Edson Davi Silva de Almeida, de 7 anos, desapareceu em um praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, há dois meses. Família e autoridades buscam pelo seu paradeiro.
'Deus sabe que você não se afogou', desabafa mãe de Edson Davi, desaparecido há 2 meses no Rio de Janeiro.
'Deus sabe que você não se afogou', desabafa mãe de Edson Davi, desaparecido há 2 meses no Rio de Janeiro.
Foto: Reprodução/Instagram

Nesta segunda-feira, 4, completam dois meses do desaparecimento do menino Edson Davi Silva de Almeida, de 7 anos. A criança sumiu enquanto brincava em um praia na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Desde então, a família luta contra a incerteza sobre o paradeiro do menino. 

A mãe da criança, Marize Araújo, disse que ainda tem esperanças de reencontrar Edson. Ela afirmou que a família não acredita na possibilidade de afogamento e, sim, que ele tenha sido vítima de rapto. 

“Sigo com minha dor, a dor da saudade que aumenta a cada dia, a dor do descaso e da injustiça”, desabafou Marize ao Terra

Um dia antes de completar os dois meses, Marize publicou um longo desabafo nas redes sociais cobrando as autoridades. “No dia, tinha quase 400 metros sem câmeras, quase 7 escadas sem imagem, o lugar que meu filho desapareceu é ponto cego da praia. Por que querem afogar meu filho sem nenhuma testemunha de afogamento e sem ninguém ter visto ele a beira d’água depois das 16 hs, próximo ao horário que ele desapareceu?”, escreveu. 

“Será se o afogamento é a solução mais fácil para um filho de um barraqueiro, a camada mais vulnerável da sociedade?”, desabafou. 

Procurada pelo Terra, a Polícia Civil afirmou que a Delegacia da Descoberta de Paradeiros (DDPA), responsável pelo caso, continua as buscas pela criança, que considera diversas linhas de investigação e que todas as denúncias foram apuradas, inclusive, em outros Estados.

“Os agentes analisaram imagens de 13 câmeras de segurança localizadas ao redor da orla, em um perímetro de dois quilômetros. As imagens mostram o menino na barraca do pai logo após a partida de futebol. Não há registro de imagens que mostram ele saindo da praia”, disse a PC. 

A DDPA afirma que ouviu familiares e testemunhas sobre o que teria acontecido naquele dia. “Uma testemunha narrou que viu o menino entrar no mar por três vezes enquanto jogava futebol com outra criança, tendo o pai, inclusive, chamado a atenção do filho. Outra testemunha relatou que anteriormente a criança teria pedido uma prancha emprestada para entrar na água, mas que ele não atendeu ao pedido porque o mar estava revolto”, ressalta em nota. 

“Em depoimento, o homem que trabalha com o pai dele afirmou que também teria pedido para o menino sair da água, tendo em vista as condições do mar”, conclui. 

Enquanto as investigações continuam, Marize mantém a esperança de ter notícias do filho. “Eu nunca vou desistir de te encontrar meu filho, eu e Deus sabe que você não se afogou”, diz. 

Relembre o caso

Vídeo mostra Edson Davi próximo ao mar pouco antes de desaparecer na Barra
Vídeo mostra Edson Davi próximo ao mar pouco antes de desaparecer na Barra
Foto: Reprodução/Twitter

O desaparecimento aconteceu no início de janeiro, no dia 4, entre às 16h30 e às 17h, próximo ao Posto 4 da Praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. O menino estava acompanhando o pai, que trabalha como barraqueiro na praia, e brincava na areia com outras crianças. Segundo ele, o filho comeu um lanche e estava por perto com outras crianças, que eram acompanhadas por um homem.

Conforme reportagem da TV Globo, parentes disseram que o menino tinha o hábito de acompanhar o pai na barraca de praia e que sempre foi obediente. A família é moradora da Gardênia Azul e trabalha em uma barraca próxima ao Posto 4.

O barraqueiro contou que sentiu falta do filho antes das 17h, enquanto fechava a conta de alguns clientes. A família procurou por Davi, mas ele não foi encontrado.  "Ele foi sem os chinelinhos, que estão lá na minha barraca. Ele é um menino doce e todos o conhecem, é agarrado a mim. Acredito que nessa hora ele esteja chamando por mim", disse Marize à TV Globo.

Durante os primeiros dias de busca, a família da criança chegou a receber uma foto de Davi fazendo um lanche, com a informação de que ele tinha sido encontrado. Contudo, não era o menino. Também foram analisadas diversas imagens da criança na praia, que levaram a polícia a acreditar que a criança não tenha deixado o local e sofrido um afogamento. 

Autoridades continuam buscas por Edson
Autoridades continuam buscas por Edson
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Fonte: Redação Terra
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