Manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira para protestar contra a remoção dos índios que ocupavam o Museu do Índio, executada nesta manhã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
A escolha do terreno em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, para a construção de alojamentos, dividiu os índios que ocupavam a Aldeia Maracanã (antigo Museu do Índio), na zona norte da cidade. Enquanto 12 deles chegaram neste domingo ao local, onde ficarão provisoriamente, outra parte, descontente com a escolha, se dirigiu nesta madrugada ao atual Museu do Índio, em Botafogo, na zona sul. O grupo de cerca de 60 pessoas foi retirado pela polícia e levado para a sede da Justiça Federal, no Centro. Uma audiência era realizada para tentar resolver o impasse.
Por volta das 4h, a polícia fechou a rua da sede do atual Museu do Índio, na Rua das Palmeiras, em Botafogo, para retirar o grupo que estava no local. Índios e manifestantes teriam saído do Hotel Acolhedor Santana 2, no Centro (para onde foram levados pelo governo do Estado após a retirada da Aldeia Maracanã), e se encaminhado para o prédio. A desocupação da Aldeia Maracanã, na sexta-feira, foi marcada pelo confronto com policiais do Batalhão de Choque da PM.
Ontem, funcionários do Estado concluíam a montagem das instalações que abrigarão os índios que foram retirados da Aldeia Maracanã. O local onde foram construídos os alojamentos abriga a antiga colônia de Curupaiti, destinada a portadores de hanseníase. O terreno é ocupado por cerca de 2 mil pessoas, sendo 250 hansenianos.
O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) emitiu nota oficial destacando que não se opõe à chegada dos índios, mas reforçando que a ocasião é uma oportunidade para reflexão sobre como a sociedade lida com o problema das populações historicamente excluídas. "As pessoas atingidas pela hanseníase e os indígenas, que lutam pela manutenção de sua identidade étnica e pelo exercício de sua cidadania, fazem parte deste grupo", disse o grupo.
Terreno
Os índios escolheram na sexta-feira o terreno de Jacarepaguá, oferecido pelo governo do Estado, para construir o alojamento provisório. Em nota, o governo afirmou que o Centro de Referência da Cultura Indígena, que antes seria na Quinta da Boa Vista, também será construído no local. No entanto, de acordo com o cacique Carlos Tukano, um dos líderes do grupo, ainda haverá um diálogo sobre essa possibilidade, pois os índios preferem que o centro de referência seja no Centro da Cidade.
Poucos dias após serem removidos do prédio do antigo Museu do Índio, indígenas sofrem com alagamentos nas novas instalações
Foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press
Índios retiram água acumulada no piso do novo alojamento construído na antiga colônia Curupaiti, em Jacarepaguá
Foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press
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Foto: Terra
Um grupo de índios se reúne com o juiz federal Wilson José Witzel para definir um local provisório de moradia, depois da retirada deles da Aldeia Maracanã, na sexta-feira (22). Esses índios não aceitaram ir para a Colônia Curupaiti, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, onde a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos montou um abrigo provisório.
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Um grupo de índios se reúne com o juiz federal Wilson José Witzel para definir um local provisório de moradia, depois da retirada deles da Aldeia Maracanã, na sexta-feira (22). Esses índios não aceitaram ir para a Colônia Curupaiti, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, onde a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos montou um abrigo provisório.
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Um grupo de índios se reúne com o juiz federal Wilson José Witzel para definir um local provisório de moradia, depois da retirada deles da Aldeia Maracanã, na sexta-feira (22). Esses índios não aceitaram ir para a Colônia Curupaiti, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, onde a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos montou um abrigo provisório.
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Um grupo de índios se reúne com o juiz federal Wilson José Witzel para definir um local provisório de moradia, depois da retirada deles da Aldeia Maracanã, na sexta-feira (22). Esses índios não aceitaram ir para a Colônia Curupaiti, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, onde a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos montou um abrigo provisório.
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Um grupo de índios se reúne com o juiz federal Wilson José Witzel para definir um local provisório de moradia, depois da retirada deles da Aldeia Maracanã, na sexta-feira (22). Esses índios não aceitaram ir para a Colônia Curupaiti, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, onde a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos montou um abrigo provisório.
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Alojamento junto a antiga Colônia Curupaiti, em Jacarepaguá, entregue hoje pelo governo do Estado a um grupo de índios que estavam no antigo museu do índio.
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Alojamento junto a antiga Colônia Curupaiti, em Jacarepaguá, entregue hoje pelo governo do Estado a um grupo de índios que estavam no antigo museu do índio.
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Alojamento junto a antiga Colônia Curupaiti, em Jacarepaguá, entregue hoje pelo governo do Estado a um grupo de índios que estavam no antigo museu do índio.
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
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Foto: Terra
Manifestante emocionada aguarda o fim do impasse sobre o terreno
Foto: Ale Silva / Futura Press
Mascarado protesta com a bandeira do Brasil
Foto: Ale Silva / Futura Press
Local fica próximo ao estádio do Maracanã, que será palco da final da Copa do Mundo de 2014
Foto: Ale Silva / Futura Press
Mulher protesta contra o governo
Foto: Ale Silva / Futura Press
Manifestantes negociam após a chegada de policiais da tropa de choque
Foto: Ale Silva / Futura Press
Algumas pessoas deixaram o local no início da manhã
Foto: Ale Silva / Futura Press
Manifestante pulando o muro do local onde funcionava o Museu do Índio
Foto: Ale Silva / Futura Press
Grupo tenta contornar a situação
Foto: Ale Silva / Futura Press
Entre os manifestantes, uma criança é exibida aos policiais
Foto: Ale Silva / Futura Press
Policial e manifestante conversam em frente ao terreno
Foto: Ale Silva / Futura Press
Grupo promete não se render ao cerco
Foto: Ale Silva / Futura Press
Manifestante grita palavras de ordem contra a ocupação policial
Foto: Ale Silva / Futura Press
Oficiais de Justiça chegaram ao local por volta das 8h, com o documento de imissão de posse deferido pela Justiça Federal a pedido do governo do Estado
Foto: Ale Silva / Futura Press
Os manifestantes se recusaram a negociar uma saída pacífica com as autoridades e seguraram faixas com os dizeres não passarão
Foto: Ale Silva / Futura Press
O imóvel foi desocupado nesta sexta-feira, por ordem da Justiça Federal, a pedido do governo do Estado do Rio de Janeiro
Foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press
Confronto envolvendo manifestantes e policiais militares
Foto: Daniel Ramalho / Terra
A tropa de choque avançou para tentar conter a manifestação
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Os militares usaram algum tipo de spray para afastar os manifestantes
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Manifestantes se protegeram como puderam
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Bombas de efeito moral também foram lançadas
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O grupo de manifestantes não pretende deixar o local
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Um homem com adereços indígenas foi detido
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Homens da tropa de choque aguardando para invadir o terreno
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Policiais cercam a região onde fica o estádio do Maracanã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Manifestantes se protegendo de bombas lançadas pela polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
A tropa de choque da PM cercou o local
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Houve confronto entre polícia e manifestantes
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Homem caído na frente de um policial militar na região do Maracanã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Manifestante sendo puxado por PM durante confronto
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Líder do grupo feminista Femen protestou contra a invasão policial
Foto: AFP
A mulher foi dominada rapidamente pela polícia
Foto: AFP
Índios são retirados do prédio do antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, após ação da polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Índios são retirados do prédio do antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, após ação da polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Índios são retirados do prédio do antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, após ação da polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Índios são retirados do prédio do antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, após ação da polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Índios são retirados do prédio do antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, após ação da polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Índios são retirados do prédio do antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, após ação da polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Índios são retirados do prédio do antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, após ação da polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Índios são retirados do prédio do antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, após ação da polícia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira para protestar contra a remoção dos índios que ocupavam o Museu do Índio, executada nesta manhã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira para protestar contra a remoção dos índios que ocupavam o Museu do Índio, executada nesta manhã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira para protestar contra a remoção dos índios que ocupavam o Museu do Índio, executada nesta manhã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira para protestar contra a remoção dos índios que ocupavam o Museu do Índio, executada nesta manhã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira para protestar contra a remoção dos índios que ocupavam o Museu do Índio, executada nesta manhã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira para protestar contra a remoção dos índios que ocupavam o Museu do Índio, executada nesta manhã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira para protestar contra a remoção dos índios que ocupavam o Museu do Índio, executada nesta manhã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Pouco mais de 30 manifestantes, incluindo índios que viviam na Aldeia Maracanã, realizaram um protesto em frente ao Museu do Índio
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
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Foto: Terra
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"Escolhemos o terreno em Jacarepaguá que é uma área ampla, com bastante vegetação, mas o Centro de Referência Indígena queremos na região central. Vamos sentar para conversar com o governo sobre essa questão", afirmou Tukano. Os indígenas visitaram na sexta os três locais oferecidos pelo Estado, acompanhados da subsecretária de Assistência Social e Descentralização da Gestão, Nelma de Azeredo, e optaram pelo terreno de Jacarepaguá, que tem 2 mil m². Além do bairro da Zona Oeste, eles tinham a opção de escolher um espaço em Bonsucesso ou ao lado do galpão da empreiteira Odebrecht, na Avenida Visconde de Niterói.
“Os índios foram conhecer o espaço que lhes oferecemos em Jacarepaguá, na antiga Colônia Curupaiti, e gostaram tanto que decidiram ficar por lá desde já. Eles decidiram também que o Centro de Referencia da Cultura Indígena será construído na mesma área. Isso torna tudo mais fácil, porque não teremos que esperar o presidio da Quinta da Boa Vista ser desativado para começarmos as obras do Centro”, afirmou o secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, contrariando Tukano no que se refere ao Centro de Referência Indígena.
Os alojamentos para residência temporária contarão com beliches, contêiner cozinha e contêiner banheiro, sendo um feminino e um masculino.