O que se sabe sobre roubo de obras de arte da Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo
No total, 13 gravuras de Henri Matisse e Candido Portinari foram levadas do local por criminosos armados; polícia investiga o caso
A Polícia Civil investiga o roubo à Biblioteca Mário de Andrade que desfalcou a exposição "Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade". Criminosos armados renderam seguranças do local e roubaram 13 gravuras no último domingo, 7.
Até o momento, o paradeiro dos suspeitos e das obras ainda não foi esclarecido. Veja a seguir o que se sabe sobre o caso.
Quando o roubo ocorreu?
Criminosos armados invadiram a Biblioteca Mário de Andrade, na Rua da Consolação, 94, no centro de São Paulo, no último domingo, 7, por volta das 10h. De acordo com a Polícia Militar, eles renderam os seguranças, roubaram as obras de arte e fugiram. A ação não deixou vítimas.
Quais foram as obras roubadas?
Entre as peças roubadas estão oito gravuras de Henri Matisse e cinco gravuras de Candido Portinari, da obra "Menino de Engenho". As obras estavam faziam parte da exposição "Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade" e estão protegidas por apólice de seguro vigente, de acordo com a prefeitura.
Fuga do local
Câmeras do sistema Smart Sampa registraram dois homens fugindo pela Rua João Adolfo, na região da Consolação, após descerem de uma van azul. Um deles carregava telas retiradas do veículo e chegou a deixá-las encostadas em um muro. O segundo suspeito passa pelo local na sequência sem tocar no material. As imagens não mostram se eles retornaram para buscar as obras nem revelam para onde seguiram depois. Os responsáveis pelo crime ainda não foram identificados.
A Biblioteca Mário de Andrade
Inaugurada em 1926, a Biblioteca Mário de Andrade é a segunda maior do Brasil e recebeu seu nome em 1960, em homenagem ao escritor. Localizada na Rua da Consolação, o prédio em estilo Art Déco, construído na gestão de Prestes Maia, foi tombado em 1992. Após uma grande reforma iniciada em 2007, foi reaberta em 2011. Seu acervo reúne 327 mil livros, incluindo 51 mil obras raras.