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Irmãos são investigados por suspeita de adulterar bebidas na zona sul de SP

Um dos investigados já tinha sido indiciado em 2022 por falsificação de bebidas; polícia apreendeu 1,8 mil lacres e tampas de uísques de marcas nacionais e importadas na residência da dupla

2 out 2025 - 17h39
(atualizado às 18h51)
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A Polícia Civil de São Paulo investiga dois irmãos suspeitos de adulterar bebidas alcoólicas na zona sul da capital. A dupla foi identificada durante uma operação contra a falsificação de bebidas.

Um dos investigados, de 52 anos, já havia sido indiciado em 2022 por falsificação de bebidas. Na ocasião, no mesmo endereço, os policiais apreenderam bebidas adulteradas.

Foram apreendidos 1,8 mil lacres e tampas de uísques de diferentes marcas nacionais e importadas, além de três garrafas vazias; material foi encaminhado para a perícia.
Foram apreendidos 1,8 mil lacres e tampas de uísques de diferentes marcas nacionais e importadas, além de três garrafas vazias; material foi encaminhado para a perícia.
Foto: SSP/Divulgação / Estadão

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SS), os agentes foram até um endereço no Jardim Campo Limpo, na quarta-feira, 1º, após receberem denúncia de que no local havia embalagens, etiquetas e demais insumos destinados à adulteração de bebidas destiladas.

Na casa de um deles, foram encontradas centenas de lacres e tampas de uísques guardados em sacos e caixas dentro de um quarto nos fundos. Em outro cômodo, também localizaram objetos semelhantes.

Ao todo, foram apreendidos 1,8 mil lacres e tampas de uísques de diferentes marcas nacionais e importadas, além de três garrafas vazias. Todo o material foi encaminhado para a perícia.

De acordo com o boletim de ocorrência, a suspeita é que os irmãos substituíam o conteúdo de garrafas de marcas importadas e de maior valor agregado por líquidos de bebidas mais baratas ou produzidos de forma artesanal, adicionando posteriormente tampas e lacres falsificados. Dessa forma, os produtos eram comercializados como se fossem originais.

O caso foi registrado no 37º Distrito Policial (Campo Limpo) como falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de bebidas.

Há bares no foco da investigação?

Sim. Seis estabelecimentos foram interditados na região metropolitana de São Paulo por suspeita de comercialização de bebidas falsificadas. Todos tiveram produtos apreendidos pela Vigilância Sanitária municipal.

Um dos alvos da ação foi o bar "Ministrão", na Alameda Lorena, nos Jardins, onde uma das vítimas disse ter consumido bebida alcoólica antes de passar mal e perder a visão. Ela continua hospitalizada. O bar nega a venda de bebidas fraudadas.

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Outro estabelecimento interditado é o bar Torres, na Mooca, zona leste de São Paulo. Os proprietários divulgaram um comunicado nas redes sociais informando que colabora com os órgãos de fiscalização e afirma que "todos os produtos são adquiridos por distribuidores oficiais de longa data".

Outro bar interditado se localiza em São Bernardo do Campo, na região metropolitana. É o Villa Jardim. Na noite de terça-feira, 30, o estabelecimento informou que "todas as bebidas comercializadas são adquiridas de distribuidores regulares, com notas fiscais".

O governo de São Paulo disse que vai interditar os estabelecimentos suspeitos de vender bebidas adulteradas. A medida é cautelar e foi anunciada, na terça-feira, pelo governador Tarcísio de Freitas.

Em coletiva de imprensa, o governador também descartou o envolvimento do PCC com os casos. A hipótese de elo com a facção foi levantada pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação.

Quais são as orientações para os consumidores ao comprar bebidas, segundo o Procon-SP?

  • Procure estabelecimentos conhecidos ou dos quais tenha referência.
  • Desconfie de preços muito baixos - no mínimo podem indicar alguma falha como sonegação e adulteração, por exemplo.
  • Observe a apresentação das embalagens e o aspecto do produto: lacre ou tampa tortos ou "diferentes", rótulo desalinhado ou desgastado, erros de ortografia ou logos com "variações", ausência de informações como CNPJ, endereço do fabricante ou distribuidor, número do lote, e outra imperfeição perceptível.
  • Ao notar alguma diferença, não fazer testes caseiros como cheirar, provar ou tentar queimar a bebida. Essas práticas não são seguras nem conclusivas.
  • Fique atento a sintomas após o consumo: visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura ou rebaixamento do nível de consciência, isso pode indicar intoxicação por metanol ou por bebida adulterada.
  • Busque atendimento médico imediato: se houver qualquer sintoma suspeito, o consumidor deve procurar urgência médica sem demora.
  • Comunique as autoridades competentes: Disque-Intoxicação (0800 722 6001, da Anvisa) para orientação clínica/tóxica; Vigilância Sanitária local (municipal ou estadual); Polícia (civil); Procon (órgão de defesa do consumidor); quando aplicável, outros órgãos relacionados (Ministério da Agricultura, etc).
  • Exija sempre a nota fiscal ou comprovação de origem: documento precisa ter todas as informações de identificação do fornecedor e da compra, isso ajuda na rastreabilidade do produto e é uma garantia para o consumidor em eventual reclamação.

O Procon-SP, que já fiscaliza estabelecimentos que vendem bebidas como bares, restaurantes e adegas, bem como casas noturnas e supermercados, disse ainda que vai intensificar suas ações de forma integrada com equipes do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), da Polícia Civil do Estado paulista.

Estadão
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