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Facção gaúcha ligada ao maior assalto da história do RS é alvo de megaoperação policial

Ação do Denarc cumpre 59 prisões e aponta atuação de criminosos do Estado em apoio ao roubo de R$ 30 milhões no aeroporto de Caxias do Sul

18 dez 2025 - 10h48
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Uma operação deflagrada pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), na manhã desta quinta-feira (18), tem como foco integrantes de uma facção criminosa gaúcha suspeitos de colaborar com o maior assalto já registrado no Rio Grande do Sul. Ao todo, são cumpridos 175 mandados judiciais, sendo 59 de prisão preventiva, em municípios da Região Metropolitana e da Serra gaúcha.

Foto: Polícia Civil / Divulgação / Porto Alegre 24 horas

As investigações indicam que o grupo do Estado teria atuado na logística, financiamento e apoio à fuga dos criminosos envolvidos no ataque ocorrido em 19 de junho de 2024, quando cerca de R$ 30 milhões foram roubados de um avião-pagador no aeroporto de Caxias do Sul. A apuração aponta que a ação foi resultado da associação entre criminosos gaúchos e integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção com origem em São Paulo.

Na ocasião, ao menos nove homens armados participaram do ataque, que envolveu disparos contra a aeronave e dois carros-fortes durante a transferência do dinheiro. Houve confronto com a polícia, que resultou na morte de um policial militar e de um dos assaltantes. Parte do valor roubado, cerca de R$ 15 milhões, foi recuperada durante a perseguição.

Desde então, investigações conduzidas pela Polícia Federal, com apoio da Brigada Militar, já levaram à prisão de 38 pessoas, a maioria apontada como integrante de uma rede responsável por oferecer abrigo, veículos e suporte financeiro aos executores do crime.

Segundo o Denarc, novas apurações permitiram identificar o envolvimento direto de criminosos ligados a uma facção surgida na zona leste de Porto Alegre. A ligação com o assalto começou a ser desvendada após a apreensão de grande quantidade de drogas, além de miguelitos — pregos retorcidos usados para danificar pneus de viaturas e carros-fortes — durante uma ação em Gravataí.

Entre os alvos está Erick Aires Müller, suspeito de auxiliar no planejamento do ataque, fornecendo esconderijos e recursos financeiros, conforme mensagens interceptadas. A polícia aponta que ele também teria participado de simulações prévias do roubo e já possui histórico criminal, incluindo o roubo de um helicóptero em tentativa de resgate de um preso anos atrás.

A operação também mira lideranças da facção, como José Dalvani Nunes Rodrigues, Rafael Telles da Silva e Bruno Fernando Sanhudo Teixeira, este último com diversos homicídios atribuídos em investigações anteriores. Outro nome incluído é José Carlos dos Santos, conhecido por envolvimento em ataques a carros-fortes no início dos anos 2000.

A ofensiva foi batizada de Operação Camisa 2, em referência ao nome dado à célula do grupo responsável pela distribuição de drogas. As ações ocorrem em Porto Alegre, Canoas, Gravataí, Alvorada, Viamão, Cachoeirinha, além de cidades do Vale do Taquari e do Vale do Rio Pardo.

As investigações seguem em andamento para apurar o alcance da atuação criminosa e o destino dos valores envolvidos no assalto.

Porto Alegre 24 horas
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