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Após aprovação da criminalização ao abuso de autoridade, Moro janta com senadores

Encontro foi realizado na casa de Marcos do Val; entre os presentes estavam parlamentares que votaram contra e a favor do projeto

27 jun 2019 - 01h23
(atualizado às 01h32)
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Sérgio Moro jantou com senadores após a aprovação, no Senado, da criminalização do abuso de autoridade
Sérgio Moro jantou com senadores após a aprovação, no Senado, da criminalização do abuso de autoridade
Foto: Divulgacao / Estadão

Horas depois de o Senado aprovar medidas para punir abuso de autoridade de juízes e procuradores, o ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, jantou com senadores na residência oficial de Marcos do Val (Cidadania-ES).

O ministro, que é contrário a medidas dessa natureza, foi um dos primeiros a chegar ao apartamento do senador, acompanhado da mulher.

A sessão do Senado terminou depois do horário marcado para o jantar (20h), e aos poucos, os demais convidados foram chegando. Uma presença esperada que não se concretizou foi a do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Nesta terça-feira, Alcolumbre disse, em café da manhã com jornalistas, que se a troca de mensagens com o coordenador da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol, forem verdadeiras, Moro "ultrapassou o limite ético".

Senadores e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, em jantar após a aprovação da criminalização do abuso de autoridade
Senadores e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, em jantar após a aprovação da criminalização do abuso de autoridade
Foto: Divulgação / Estadão

No jantar, que passou da meia-noite, Moro sentou ao lado tanto de senadores que votaram a favor de medidas contra abuso de autoridade, como de outros que votaram contra. A proposta foi incluída em meio a um pacote originado da proposta de iniciativa popular de 10 Medidas Contra a Corrupção.

Houve duas votações no plenário sobre o tema. A primeira foi do texto base, com votação nominal, e a proposta do abuso de autoridade foi aprovada separadamente de maneira simbólica.

Entre os que votaram contra o projeto, que deve ampliar hipóteses de punição a magistrados e procuradores, estavam o anfitrião Marcos do Val (Cidadania-ES), Esperidião Amin (PP-SC), Alvaro Dias (Podemos-PR) e Soraya Thronicke (PSL-MS).

Entre os que votaram a favor, o senador Flávio Bolsonaro, acompanhado da esposa, o líder do governo no Senado Fernando Bezerra Coelho, e a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

Além deles, estavam presentes os cônjuges de algumas das autoridades, e também compareceu o jurista Rogério Greco.

Estadão
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