Ao menos 300 pessoas são presas após atos terroristas no DF
Os presos, de acordo com Polícia do DF, devem responder pelos crimes de dano ao patrimônio, de invasão de prédios públicos, entre outros
A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou que ao menos 300 pessoas foram presas na noite deste domingo, 8, após atos terroristas que ocorrem em Brasília. Milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
Os presos, de acordo com as autoridades, devem responder pelos crimes de dano ao patrimônio, de invasão de prédios públicos, entre outros.Segundo especialistas, os invasores bolsonaristas podem pegar até 15 anos de prisão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o ocorrido como "barbárie" e decretou intervenção federal no Distrito Federal. A intervenção começa já neste domingo, e está prevista para durar até o dia 31 de janeiro. O interventor será Ricardo Garcia, secretário-executivo do Ministério da Justiça.
PM do DF facilitou acesso de terroristas
Enquanto as dependências do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal eram invadidas e depredadas por milhares de extremistas, as ruas vicinais dos dois lados da Esplanada dos Ministérios funcionaram como em portão de acesso livre ao Praça dos Três Poderes durante toda a invasão.
A Polícia Militar do Distrito Federal não só fez vista grossa como facilitou o acesso à maioria dos acessos vicinais livres, o que permitiu a chegada dos extremistas sem dificuldade até o gramado da Esplanada. Muitos deles viram o início da marcha pelas redes sociais e decidiram se juntar aos golpistas.
Os estacionamentos ao lado dos prédios anexos aos Ministérios e nos tribunais ficaram lotados e os extremistas puderam caminhar com a tranquilidade até às sedes dos três poderes.
AGU pede prisão de ex-secretário de segurança
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) requerendo a prisão em flagrante do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Ele foi exonerado após os atos terroristas que ocorrem no DF.
Torres foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele está nos Estados Unidos.
O pedido de prisão é assinado por Jorge Messias, que classificou as invasões das sedes dos 3 Poderes e os ataques às instituições como um 'episódio traumático que agride o povo brasileiro'.
O requerimento ainda pede que a Suprema Corte determine às autoridades a apuração e responsabilização civil e criminal dos responsáveis pelos atos criminosos, e antidemocráticos, incluindo agentes públicos.