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Alemanha terá oito campeões mundiais contra o Brasil

16 mar 2018 - 15h39
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Com convocação de 26 atletas, Löw estimula a competitividade interna e sinaliza que dará preferência a atletas mais versáteis. Marco Reus, novamente por lesão, e Mario Götze, herói do Tetra, não estão na lista.O treinador da seleção alemã, Joachim Löw, divulgou nesta sexta-feira (16/03) a lista com 26 convocados para os amistosos da Nationalelf contra a Espanha, em Düsseldorf (23 de março), e o Brasil, em Berlim (27 de março). O atacante Marco Reus e o meia Mario Götze, ambos do Borussia Dortmund, não estão entre os relacionados.

O azarado da nação: nova contusão impede convocação de Reus, que perdeu Copa de 2014 e Eurocopa de 2016 por lesões
O azarado da nação: nova contusão impede convocação de Reus, que perdeu Copa de 2014 e Eurocopa de 2016 por lesões
Foto: DW / Deutsche Welle

Com a convocação de 26 atletas, Löw estimula a competitividade interna, principalmente nas posições em que ainda tem dúvidas. Além disso, o sinaliza que atletas mais versáteis, que podem exercer funções táticas diferentes e atuar fora de suas posições habituais, possuem chances maiores de fazer parte do elenco que tentará conquistar o pentacampeonato mundial na Rússia.

Entre os convocados estão 17 jogadores que foram campeões da Copa das Confederações em 2017, além de oito que participaram do tetracampeonato mundial no Brasil: Matthias Ginter, Mats Hummels, Jérôme Boateng, Sami Khedira, Julian Draxler, Toni Kroos, Mesut Özil e Thomas Müller - todos, exceto Ginter, estiveram em campo no 7 a 1, no Mineirão. O Bayern de Munique teve sete convocados.

A lista é considerada um termômetro para a convocação de 15 de maio do elenco provisório para a Copa do Mundo e, levando em conta o atual momento, não contém grandes surpresas. A única ausência é a de Marco Reus, cujo retorno à seleção alemã depois de praticamente dois anos afastado era bastante aguardado. Mas o atacante de 28 anos sentiu uma fisgada no músculo adutor e foi substituído ainda no intervalo, na quinta-feira, no empate sem gols do Borussia Dortmund frente ao Red Bull Salzburgo, pela Liga Europa.

Ao que tudo indica, Reus teria sido convocado caso não tivesse sentido o desconforto muscular. "É importante que Marco seja conduzido cautelosamente e sem pressão ao mais alto nível e que ganhe estabilidade", disse Löw. "Em primeiro lugar, isso significa que ele tem que estar livre de queixas e bem fisicamente, além de treinar e jogar regularmente por um longo período para encontrar seu ritmo e, consequentemente, adquirir segurança e confiança."

Reus é tido como o "azarado da nação". O talentoso atacante estourou para o futebol mundial na temporada em que o Borussia Dortmund alcançou a final da Liga dos Campeões, na qual foi derrotado pelo Bayern de Munique, em 2012/2013. Mas, desde então, um histórico de contusões têm prejudicado sua carreira.

Em 2014, no último amistoso antes da Copa, ele sofreu uma ruptura parcial da sindesmose e uma ruptura do ligamento ósseo no calcanhar no último amistoso e foi cortado do elenco que poucas semanas depois conquistava o tetracampeonato mundial. Reus também foi cortado da lista final para a Eurocopa de 2016 devido a uma pubalgia - lesão por esforço repetitivo, justamente na região adutora.

Por outro lado, Mario Götze parece ter perdido definitivamente espaço na seleção da Alemanha. O autor do gol salvador no Maracanã não tem conseguido apresentar um bom futebol, principalmente depois de ter tirado praticamente um ano sabático dos campos para tratar uma miopatia metabólica - doença muscular que deixa os membros fracos e doloridos e leva ao ganho de peso.

Götze também foi substituído no intervalo na eliminação do Dortmund da Liga Europa e recebeu duras críticas do treinador Peter Stöger por não cumprir funções e ordens táticas.

Na dúvida, leva todos

No comando de ataque, Timo Werner tem posição garantida - ao menos, na convocação final para o Mundial. O debate mais acalorado na mídia esportiva alemã é sobre quem será o segundo centroavante na lista final: Sandro Wagner, do Bayern de Munique, Lars Stindl, do Borussia Mönchengladbach, ou o experiente Mario Gómez, do Stuttgart.

Os números deles não são os mais expressivos - Wagner tem 10 gols na temporada, enquanto Gómez tem a metade e Stindl, que goza de boa reputação com Löw pelo bom desempenho na Copa das Confederações de 2017, balançou as redes apenas quatro vezes. Os três terão agora, pode-se dizer, oportunidades iguais em convencer Löw nos treinamentos com o grupo da Nationalelf.

O mesmo vale para Marvin Plattenhardt, do Hertha Berlim, e Jonas Hector, do Colônia. Apesar de Hector ter apresentado um bom desempenho na Eurocopa de 2016, Löw dá sinais de que não tem plena confiança no lateral-esquerdo do lanterna da Bundesliga. Por outro lado, Plattenhardt, que completou até agora apenas 307 minutos com a camisa da Alemanha, carece de experiência.

A preocupação é tamanha que Löw testou bastante sistemas táticos com três defensores - e nesta constelação o nome de Matthias Ginter, do Borussia Mönchengladbach, ganharia força para a Copa do Mundo. Além disso, vale ressaltar que a Alemanha foi campeã no Brasil com o zagueiro Benedikt Höwedes improvisado na lateral-esquerda. Emre Can, do Liverpool, inclusive já foi testado na lateral-direita, por exemplo.

"Temos um leque amplo de opções em algumas posições, mas em outras não. Portanto, precisamos de jogadores flexíveis e versáteis. No geral, a porta para a seleção ainda não está fechada. Ainda há alguns jogadores sob observação e estes têm chance de nos convencer com boas atuações nas próximas semanas", salientou Löw.

Com a convocação de 26 atletas, Löw deu o indício de querer estimular a competitividade interna, principalmente nas posições em que ainda tem dúvidas. Além disso, jogadores menos versáteis, mas invariavelmente até mais competentes numa específica posição, como o volante Julian Weigl, do Borussia Dortmund, aparentemente, terão dificuldades de fazer parte dos 23 escolhidos para a Rússia.

Os 26 convocados da Alemanha para os amistosos:

Goleiros:

Bernd Leno (Bayer Leverkusen), Marc-André ter Stegen (Barcelona) e Kevin Trapp (Paris Saint-Germain).

Laterais:

Jonas Hector (Colônia), Joshua Kimmich (Bayern de Munique) e Marvin Plattenhardt (Hertha Berlim).

Zagueiros:

Jérôme Boateng (Bayern de Munique), Matthias Ginter (Borussia Mönchengladbach), Mats Hummels (Bayern de Munique), Antonio Rüdiger (Chelsea) e Niklas Süle (Bayern de Munique).

Meio-campistas:

Emre Can (Liverpool), Julian Draxler (Paris Saint-Germain), Leon Goretzka (Schalke 04), Ilkay Gündogan (Manchester City), Sami Khedira (Juventus), Toni Kroos (Real Madrid), Mesut Özil (Arsenal) e Sebastian Rudy (Bayern de Munique).

Atacantes:

Julian Brandt (Bayer Leverkusen), Mario Gómez (Stuttgart), Thomas Müller (Bayern de Munique), Leroy Sané (Manchester City), Lars Stindl (Borussia Mönchengladbach), Sandro Wagner (Bayern de Munique) e Timo Werner (RB Leipzig).

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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App

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