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A infância passa rápido, mas é para sempre

24 ago 2023 - 03h00
(atualizado às 06h36)
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Telma Abrahão
Telma Abrahão
Foto: Divulgação / Estadão

As experiências da infância possuem um papel crucial no desenvolvimento cerebral das crianças e também deixam marcas que podem impactar a vida do futuro adulto.

Telma Abrahão
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Foto: Divulgação / Estadão

No Dia da Infância, celebrado em 24 de agosto, enfatizo a importância de cada etapa vivida pelas crianças, bem como a responsabilidade da família no processo de formação cognitiva e na educação dos filhos.

O que acontece na infância, não fica na infância. Ela representa o alicerce da vida, uma fase breve que passa rapidamente, mas dura para sempre. As conexões que se estabelecem nos primeiros anos de vida servem como base para nossa perspectiva do mundo, influenciando crenças sobre nossa identidade. A maneira como nos relacionamos conosco e com o mundo é moldada principalmente durante a infância.

Os pais acabam, muitas vezes, preocupados somente com o 'ter'. Trabalhar para dar uma boa casa, pagar a escola, dar brinquedos e roupas, mas esquecem de focar na construção de um relacionamento de qualidade, baseado no afeto, na segurança e nos limites respeitosos.

É importante parar para avaliar a qualidade do relacionamento com seu filho, se fazendo perguntas como: 'Será que conheço meu filho ou ele está apenas encaixotado nos moldes que desejo?' / 'Escuto o meu filho, tenho tempo para brincar com ele ou só fico dando ordens?'. Outro aspecto é que as adversidades que surgem, em diversas ocasiões, vêm da dificuldade dos pais de compreenderem o comportamento dos filhos. Isso ocorre especialmente pela falta de habilidade emocional para lidar com as próprias emoções e as da criança. Infelizmente vivemos em uma cultura que poucos pais buscam conhecimento sobre o desenvolvimento infância.

Usar uma abordagem não-violenta e empática na educação das crianças é fundamental na construção de sua saúde emocional e mental. Uma data como essa reforça a necessidade de tratar as crianças com dignidade e respeito, por isso os pais devem buscar compreender o desenvolvimento infantil e principalmente se reeducarem para melhor educar.

*Telma Abrahão, especialista em Neurociência e Desenvolvimento Infantil

Estadão
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