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Virada ODS 2023: “O racismo institucional é uma expressão de incompetência"

Ismália Afonso da Silva reflete sobre falta de igualdade em instituições públicas e privadas em evento sobre desenvolvimento sustentável

21 jun 2023 - 13h47
(atualizado às 13h54)
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“O racismo institucional é uma expressão de incompetência”, diz Ismália Afonso da Silva:

No último domingo, 18, aconteceu a Virada ODS 2023, evento que busca conscientizar a população sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Um dos debates promovidos pelo evento abordou o tema "Combate ao racismo e à xenofobia".

O conceito de racismo institucional, presente no cotidiano de pessoas negras, foi o assunto que iniciou a palestra. “A gente fala de racismo institucional quando a gente aborda a incapacidade das organizações públicas e também das organizações privadas em garantir um tratamento igualitário para todas as pessoas”, afirma Ismália Afonso da Silva, analista de programa de Gênero e Raça do PNUD Brasil.

"Combate ao racismo e à xenofobia" foi uma das palestras da Virada ODS 2023
"Combate ao racismo e à xenofobia" foi uma das palestras da Virada ODS 2023
Foto: Virada ODS 2023

Grupos marginalizados, como pessoas negras, indígenas e refugiados, enfrentam diariamente uma qualidade de serviço precária no trabalho e em outras organizações. “Essa é uma expressão do racismo entre tantas outras que bloqueia, de fato, o acesso a direitos. A gente fala das mulheres que não têm um tratamento adequado dentro da saúde, mulheres que recebem menos anestesia quando estão se preparando para o parto”, exemplificou Ismália.

"Pessoas negras precisam acessar o poder"

“O racismo institucional é uma expressão de incompetência, sobre como não saber lidar com estruturas que são desiguais, foram formadas - e seguiram por muitas décadas - pautadas na desigualdade. É preciso que a gente tenha instrumentos para enfrentar essa desigualdade”, comentou.

Segundo Ismália, ações políticas, formação de servidores públicos, de trabalhadores que atuam em iniciativas privadas e uma legislação forte são ações necessárias para combater o racismo e a desigualdade.

“A gente precisa informar e trazer novos tipos de conhecimento sobre ações não racistas, porque é possível não ser racista”, destacou.

O racismo é ideológico e político, e vai muito além da ausência de políticas de prevenção. “A gente só consegue superar o racismo se a gente fizer a democratização do poder. Pessoas negras precisam acessar o poder, pessoas negras precisam estar representadas nos cargos eletivos”, enfatizou a analista de programa de Gênero e Raça do PNUD Brasil.

Ismália participou da palestra "Combate ao racismo e à xenofobia" com mediação de Elisa Lucas, secretária-adjunta de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. O painel contou ainda com a presença dos convidados Hortense Mbuyi, membro titular no Conselho Municipal de Imigrantes da cidade de São Paulo, Liliana Jubilut, doutora e mestre em Direito Internacional, Débora Maria da Silva, ativista de direitos humanos e principal líder do movimento Mães de Maio, e Marcelo Haydu, co-fundador do Instituto Adus.

Fonte: Redação Nós
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