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Preso por suspeita de tentar matar influenciadora já foi denunciado por agredir outra ex-namorada

Gabriel Faveri é investigado por invadir apartamento da ex-namorada e agredi-la; vítima tem medida protetiva contra ele

22 mai 2023 - 09h36
(atualizado às 09h45)
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Gabriela Cavalcante Calvo também foi vítima do rapaz
Gabriela Cavalcante Calvo também foi vítima do rapaz
Foto: Reprodução/TV Globo

Gabriel Faveri, acusado de tentar matar a ex-namorada, a influenciadora Daniele Gonçalves, é investigado por agredir outra ex-companheira. A vítima é a médica Gabriela Cavalcante Calvo, que chegou a morar com o suspeito em São Paulo. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, ela contou que eles se conheceram no réveillon de 2022, e em março começaram a namorar.

No início, ele ia do Paraná para a capital paulista, e logo passaram a morar juntos. "Nisso começaram a surgir sinais de ciúmes da parte dele, mexer no meu celular escondido", explica a médica. Eles se separam após uma discussão, quando ele quebrou vários objetos no apartamento dela e fez vários xingamentos.

"Quando eu pedi para ele ir embora, eu falei que não dava mais, porque eu estava me sentindo sufocada realmente, aí que ele começou a se mostrar nervoso, até eu pedir para ele tirar realmente as coisas dele da minha casa. Foi quando tudo começou", afirma.

Gabriel foi embora, e ela proibiu a portaria de deixá-lo subir. Inconformado com o fim do relacionamento, dias depois, ele alugou um apartamento no mesmo prédio. Um dia, ele subiu pela escada de incêndio para não ser flagrado pelas câmeras de segurança, e invadiu o apartamento dela durante a madrugada, pois sabia a senha da fechadura.

"Ele entrou na minha casa de madrugada, de touca, luva de procedimento, de máscara. Falou que eu não ia ter tempo de viver mais nada com ninguém. Eu fiquei com ele ali, presa por horas, passei mal. Tive crise de pânico, ansiedade, taquicardia. Ele chegou a colocar a mão no meu pescoço, disse ele para sentir a minha taquicardia, enfim", explica.

Em um momento, Gabriela começou a concordar com o ex-namorado, para que conseguisse fugir dali. Ela topou voltar junto com ele para o Paraná, onde também tem família. A médica fez as malas e desceu antes pelo elevador. Pegou seu carro e fugiu para a casa da família.

“Eu não fui para a rodoviária como combinado. Eu fui para Maringá direto. Ele foi para a rodoviária, ficou me procurando lá. Eu cheguei em Maringá, fiz medida protetiva. Na volta para São Paulo, eu me mudei de casa, de trabalho", explica.

Tentou matar a influenciadora

No último dia 9, Gabriel atacou a influenciadora Dani, em Londrina, após ambos terem terminado. Ele também não aceitava o fim do relacionamento. “Ele era obcecado. Na cabeça dele, se eu não fosse dele, eu não poderia ser de mais ninguém. Por isso, ele planejou isso", disse Daniele ao Fantástico.  

Daniele Gonçalves, de 32 anos, foi internada após ser atacada com golpes de facão
Daniele Gonçalves, de 32 anos, foi internada após ser atacada com golpes de facão
Foto: Reprodução/Instagram

No dia do crime, ele seguiu a influenciadora até a casa dela, e usou outro carro para não levantar suspeitas. Quando ela estacionou, acusado a atacou. "Ele entrou no carro dele, pegou o facão, quebrou o meu vidro e me tirou para fora", explicou a vítima.

Gabriel golpeou a jovem na cabeça, no rosto e no braço. "Ele não falou sequer uma palavra comigo, só começou a golpear a minha cabeça". Ela foi salva por uma prima, que chegava no local, e começou a gritar. A influenciadora foi parar na UTI e passou por três cirurgias.

O agressor foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e está preso em um complexo médico penal. Em depoimento, ele afirmou que não se lembrava de nada. 

"O que ele se recorda, é das situações vividas entre eles. Das festas, dos lugares que eles frequentavam, mas dos atos criminosos, das violências praticadas, ele diz que não se recorda, de nenhuma delas", afirmou a delegada Carla Gomes de Mello.

“O Gabriel não precisa, e a defesa entende que ele não precisa, de cadeia, ele precisa de tratamento”, afirma o advogado João Batista Cardoso, que representa o rapaz. “A alegação de que ele tem problemas mentais não é nossa, da defesa, são dos médicos psiquiatras que nós juntamos todos os atestados e declarações nos autos”, declarou. 

Fonte: Redação Terra
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