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Governo de SP trocou cegos por autistas?

Em entrevista exclusiva ao blog Vencer Limites, secretário estadual da Pessoa com Deficiência de SP explica os motivos da construção do Centro TEA Paulista e do Centro de Cidadania da Pessoa com Deficiência no lugar da unidade da Rede Lucy, na zona oeste da cidade de São Paulo, que atendia pessoas com deficiência visual; "Serviços foram melhorados e ampliados", afirma Marcos da Costa; episódio 197 da coluna Vencer Limites no Jornal Eldorado.

1 jul 2025 - 07h40
(atualizado às 09h16)
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Em 20 dias de funcionamento, o Centro TEA Paulista e o Centro de Cidadania da Pessoa com Deficiência, no Jardim Humaitá, região da Vila Leopoldina, na zona oeste da capital paulista, registraram 645 atendimentos, 85% voltados a autistas, segundo dados apresentados ao blog Vencer Limites e à coluna Vencer Limites no Jornal Eldorado durante entrevista exclusiva do secretário estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa, que explicou a decisão do governo de SP de construir os dois equipamentos no lugar de uma unidade da Rede Lucy que mantinha serviços especializados para a população com deficiência visual.

A troca gerou muitas reclamações de usuários cegos, com baixa visão e outras condições, que passaram a receber cuidados de saúde na unidade da Rede Lucy na Lapa, a aproximadamente seis quilômetros de distância.

Marcos da Costa rebate as críticas e afirma que se trata de uma questão organizacional, envolvendo diferentes responsabilidades das secretarias da Pessoa com Deficiência e da Saúde.

"Todo o serviço para pessoas com deficiência visual está mantido, exceto atendimento clínico, que é de aptidão da Secretaria de Saúde. As 18 unidades da Rede Lucy Montoro na capital e no interior são administradas pela Secretaria de Saúde. Por algum motivo, a unidade da Vila Leopoldina tinha um vínculo com a Secretaria da Pessoa com Deficiência e percebemos que uma parte dos relatórios que recebíamos tinham informações sobre oftalmologia, que deveriam ser apresentadas à Secretaria de Saúde", diz Marcos da Costa.

"Todas as outras áreas de atendimento que estão ligadas à Secretaria da Pessoa com Deficiência foram mantidas: emprego, orientação jurídica, assistência social, inclusive a psicoterapia de curta duração, houve ampliação da área de esportes, arteterapia e acrescentamos o empreendedorismo. Então, ficou um grande centro de serviço para pessoas com deficiência, inclusive deficiência visual. Nós estamos aproveitando a estrutura de um prédio 2.600 metros quadrados, que já comportava um movimento grande, e ampliamos sua utilização para fazer com que todo o potencial fosse aproveitado", detalha o secretário.

"Nós vamos melhorar e ampliar. Não havia atendimento virtual e agora moradores do Estado podem se servir do aparelho. Na parte da vida diária, a reabilitação da pessoa com deficiência visual, há simulação de uma casa para aprender a cuidar da roupa, cozinhar, lavar, ter autonomia dentro de casa, um serviço que foi mantido e aprimorado", conta.

Marcos da Costa avalia a ampliação das demandas específicas para a população autista e pondera a respeito do equilíbrio necessário de atenção a pessoas com todos os tipos de deficiência. "Não tínhamos uma política articulada em relação ao autismo. Então, o governador, em 2023, assinou o decreto criando essa política articulada, que envolve Educação, Desenvolvimento Social, Saúde e a Secretaria da Pessoa com Deficiência, para o trabalho fluir de forma adequada em todas as secretarias, em conjunto. No mesmo dia, o governador assinou o decreto da escola especial, preocupado com a questão do acolhimento da pessoa com deficiência dentro da sala de aula. Trata da cultura da inclusão, do surdo, do surdos-cego, da pessoa com deficiência física, auditivo, visual. O esforço para acolher uma demanda social em relação a uma determinada deficiência não significa que você não possa continuar e ampliar serviços para outras deficiências", defende o secretário estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência de SP.

O Centro TEA Paulista e o Centro de Cidadania da Pessoa com Deficiência funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na Rua Galileo Emendabili, n° 99, no Jardim Humaitá, em São Paulo/SP.

Há transporte gratuito com vans, de hora em hora, na Estação Domingos de Moraes da CPTM.

Contatos podem ser feitos pelo telefone (11) 3116-7406 ou no email centroteapaulista@sp.gov.br.

Estadão
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