Fim da autoescola para tirar CNH? Veja prós e contras
Proposta do Ministério dos Transportes visa baratear habilitação em até 80%; há pontos positivos, mas alerta para riscos à segurança
Governo estuda a ideia de tornar autoescola opcional para quem quiser tirar CNH; processo poderia baratear processo em até 80%, mas geraria demissões em massa
O Governo Federal estuda acabar com a obrigatoriedade de aulas teóricas e práticas em autoescolas para quem quiser tirar a CNH nas categorias A e B.
A medida, liderada pelo Ministro dos Transportes Renan Filho, aposta em uma redução de até 80% no custo total - que hoje chega a R$ 3 ou R$ 4 mil, sendo quase R$ 2,5 mil destinados à formação em CFCs
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Pelo novo modelo, candidatos continuarão obrigados às provas teóricas e práticas, mas poderão se preparar por conta própria, com material online gratuito da Senatran, em família ou por meio de instrutores autônomos credenciados. As autoescolas poderão seguir operando, mas de forma facultativa e competitiva.
Mas essa ideia pode trazer uma série de problemas.
Organizações como a Feneauto (Federação Nacional das Autoescolas) alertam que o fim da obrigatoriedade pode provocar demissões em massa - mais de 15 mil CFCs e 300 mil empregos seriam impactados.
Para a AND (Associação dos Detrans), manter a qualidade da formação é essencial para preservar a segurança viária.
Especialistas em segurança viária também ponderam que, sem acompanhamento profissional estruturado, o risco de acidentes pode aumentar, já que a instrução prática e teórica poderia se tornar menos eficaz.
E você, caro leitor? O que pensa a respeito?
André Deliberato, jornalista e engenheiro, atua na área automotiva desde 2008, com passagens pela assessoria de imprensa da Volkswagen e pelas redações da revista Car and Driver, do portal UOL, e Webmotors. Já fez mais de 500 testes e cobriu pouco mais de 20 Salões do Automóveis ao redor do mundo.
