Em 1920, uma senhora pintou uma linha numa rodovia da Califórnia; ela estava prestes a revolucionar a segurança nas estradas
Ela não foi a primeira a pensar nisso, mas seu impulso comunitário foi fundamental para que o mundo adotasse esse tipo de medida em menos de uma década
No outono de 1917, enquanto dirigia nos arredores da cidade de Indio, June McCarroll deu de cara com um caminhão de dez toneladas. Num piscar de olhos, o caminhão (que estava rápido e na metade da estrada) a tirou da estrada.
Estradas eram o Velho Oeste
Os veículos não eram apenas desajeitados e pouco confiáveis, mas as estradas tendiam a ter condições mais do que dolorosas. O problema é que McCarroll não era uma novata.
Ela estava viajando para cima e para baixo por todo o Vale Coachella, de San Bernardino a Saltón, por mais de uma década, como a única médica no território. Não foi o primeiro acidente, nem seria o último: mas no momento em que o caminhão a jogou para o acostamento, ela teve uma ideia.
E se pintarmos uma linha no meio da estrada?
A médica passou cinco anos argumentando (sem sucesso) que uma linha fina no meio da estrada não só poderia melhorar a segurança do trânsito, mas permitir que todos se movessem mais rápido. Ela visitou câmaras de comércio e departamentos rodoviários locais por toda a região: ninguém a ouviu.
Nem quando ela mesma pintou uma faixa branca em um quilômetro e meio da atual rodovia 99.
Por sorte, um dia, ela discutiu sua ideia no Indio's Women Club
Em tempo recorde, os clubes de mulheres do condado e do estado da Califórnia se envolveram no projeto e começaram a se mobilizar. A ponto de, em 1924, terem conseguido apresentar uma lei no congresso estadual para introduzir essas medidas.
Não foi necessário: a California State Highway ...
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