Quanto custa o seguro dos carros mais baratos do Brasil em 2024

O Citroën C3 tem um seguro mais barato do que dois carros de categoria inferior, o Fiat Mobi e o Renault Kwid. É o que indica o resultado de uma pesquisa feita por Jorge Martinez, Diretor de Produtos da Suhai Seguradora, considerando os preços médios dos carros mais baratos do Brasil atualmente.

Os valores levam em consideração a proteção para roubo e furto, perda total por colisão ou danos e para terceiros, para veículos 0km com perfil de condutor masculino, com faixa etária de 36 a 50 anos. Veja abaixo o valor de alguns seguros e também como reduzir custos na hora de contratar um seguro.

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1. Citroën C3 Live - R$ 2.210
2. Peugeot 208 Active - R$ 2.527
3. Hyundai HB20 Sense Plus - 2.952
4. Fiat Mobi Like - R$ 3.064
5. VW Polo Track/Robust - R$ 3.132
6. Renault Kwid Zen - R$ 3.143
7. Fiat Argo 1.0 - R$ 3.186
8. Renault Stepway - R$ 3.323
9. Chevrolet Onix 1.0 - R$ 3.326

Segundo uma pesquisa feita este ano pela OLX sobre a intenção de compra automotiva, 21% dos brasileiros trocam de veículo a cada dois anos e, quando se leva em consideração o período de cinco anos, o número sobe para 26%.

Porém, para quem pretende realizar essa troca em 2025, Martinez, da Suhai Seguradora, destaca que é essencial considerar alguns fatores que podem impactar diretamente o seu bolso, como escolher um veículo adequado ao padrão de uso.

Motoristas de aplicativo, por exemplo, precisam priorizar a economia de combustível e a durabilidade. Já quem utiliza o carro para longas viagens ou deslocamentos frequentes em rodovias pode optar por veículos com maior conforto, estabilidade e recursos tecnológicos para direção assistida. 

Com relação ao seguro, Martinez explica que, de modo geral, veículos populares ou com baixo índice de roubo tendem a ter preços mais acessíveis, mas, para baratear as opções, a melhor alternativa é recorrer a coberturas e planos de assistência mais enxutos, além de também verificar a disponibilidade e o custo de reparação, especialmente para modelos mais antigos ou importados.

Entretanto, é importante que o plano escolhido seja compatível com a necessidade e finalidade do condutor, evitando que a economia do momento se torne um gasto imprevisto no futuro. 

“Escolha coberturas essenciais para evitar um seguro caro e inadequado ao orçamento. Ao escolher a seguradora, considere aquelas que oferecem modularidade, ou seja, que permitem que os clientes acrescentem coberturas e montem o seu plano de acordo com as suas necessidades”, destaca Jorge Martinez.

O especialista ainda explica que, para motoristas de aplicativos e entregadores, é importante buscar por seguradoras que aceitem o uso comercial, sem contar que é preciso avaliar a necessidade de proteção contra roubo e furto, danos a terceiros (RCF) e assistência 24h dentro dos planos de assistência, sendo comum haver diferentes opções de quilometragem de guincho, por exemplo, que podem influenciar de forma significativa o valor da apólice.

Valor de mercado x custo do seguro

O valor de mercado influencia diretamente o custo do seguro, mas veículos com alto índice de roubo ou peças caras podem ter preços mais elevados, mesmo sendo mais baratos. Para equilibrar custo e cobertura, Martinez ressalta a preferência por modelos populares, que têm manutenção mais acessível e menor custo de reposição de peças, e considera instalar rastreadores em veículos de maior risco, pois podem reduzir o valor do seguro.

“Para veículos mais antigos, especialmente com mais de cinco anos de fabricação, que representam cerca de 80% da base circulante, o custo de uma cobertura completa pode ser elevado, muitas vezes acompanhado de uma franquia alta para danos parciais em caso de colisão. Uma alternativa viável para esses consumidores é optar por coberturas focadas no risco de roubo e furto ou perda total, que oferecem uma proteção eficaz por um custo mais acessível”, diz.

Além disso, é preciso levar em consideração que os preços dos seguros são definidos com base no risco do veículo, considerando a região e o perfil do condutor. A combinação desses fatores é o que determina se o seguro será acessível ou mais barato para o cliente que busca proteger seu patrimônio. Ou seja, não se trata apenas de um percentual sobre o preço Fipe, mas sim da análise de risco de cada situação.