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Mesmo com luxo, Mercedes ML prova vocação "lameira"

17 jul 2012 - 08h05
(atualizado às 08h08)
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Karina Craveiro
Direto de Campos do Jordão

A terceira geração da Mercedes-Benz ML, que acaba de estrear no Brasil, reforça ainda mais a mudança de foco do utilitário esportivo alemão. Sem rodeios, a marca admite que o modelo tornou-se, com o passar das gerações, mais urbano e menos lameiro, e que as capacidades off-road estão no SUV como um "plus" no pacote. Ainda assim, a montadora de Stuttgart fez o teste de lançamento em Campos do Jordão, em São Paulo, priorizando os trechos fora da estrada para colocar à prova a tecnologia embarcada quando se põe a ML na lama.

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Mercedes-Benz ML 350 chega por R$ 335 mil, equipada com motor 3.5 l V6 de 306 cavalos de potência
Mercedes-Benz ML 350 chega por R$ 335 mil, equipada com motor 3.5 l V6 de 306 cavalos de potência
Foto: Divulgação

Em um circuito fechado, especialmente preparado para o teste, o concorrente da BMW X5 passa por solos com inclinações, desníveis e buracos que mais parecem crateras no solo. A partida é dada, e as marchas são selecionadas em uma alavanca no volante - e não mais na base do console. Com o "D" acionado, a ML parte em direção ao primeiro trecho esburacado. O pacote off-road é ligado através de um botão, localizado entre os bancos dianteiros, e o veículo logo trabalha a suspensão de acordo com o terreno, ficando mais macia ou mais rígida.

Mesmo com uma das rodas dentro de um buraco, e com o carro bastante torcido, é possível abrir as portas sem dificuldade alguma - normalmente, quando o veículo encara um trecho semelhante, e encontra-se torcido, as portas abrem, mas não fecham, ou nem chegam a abrir. Com uma das rodas no ar, a tração transfere a força para a roda que está no solo, colocando a ML em movimento, e saindo sem dificuldades do buraco.

A direção, por ser elétrica, é bem macia, e mesmo passando por obstáculos, é possível sentir que o carro balança, a suspensão trabalha, absorve o impacto, mas no volante, o motorista não sente impacto. A direção continua macia, e não mão do condutor. Em uma inclinação de 45° positiva, o sistema de tração é novamente ativado, passando a força para as rodas que estão em contato com o solo. O barulho do acionamento da tração dá a impressão de que se trata de um arraste no solo, mas não é.

Em um trecho de subida, é possível conhecer outro assistente off-road da ML. O pedal do freio é acionado com força e o carro estaciona no meio da rampa. A ML continua parada no aclive sem que o condutor acione o freio de mão ou fique com o pé no pedal, e só volta a andar quando o acelerador é pressionado. Geralmente, quando se pisa no pedal do freio em uma ladeira, o veículo fica parado por frações de segundos, e o acelerador logo deve ser acionado para que o veículo não se mova. Com o sistema da ML, não.

Na descida, o sistema de frenagem de segurança "DSR" é acionado. Na mesma alavanca do controle de cruzeiro é possível regular a velocidade da ML - de 2 km/h a 19 km/h. Sem pressionar o pedal do freio ou do acelerador, o carro desce sozinho, na velocidade escolhida, fazendo a frenagem. A qualquer momento que se acelere, o carro volta a andar na velocidade escolhida pelo condutor.

Em trecho urbano, o motor 3.5 l V6 de 306 cavalos de potência tem um ronco suave e consegue tirar com competência os 2.130 kg da ML da inércia. Há um pequeno "delay" quando se acelera pela primeira vez, mas logo a unidade de força mostra vigor, e trabalha em sintonia com o câmbio automático de sete velocidades, que tem trocas suaves de marchas. Atrás do volante estão os "paddle-shifts", que permitem uma direção mais esportiva, com a troca manual das marchas.

O conforto é o mesmo de outros modelos da marca. Motorista e carona têm controle elétrico dos bancos, localizados nas portas, na altura dos vidros. O porta-malas tem um acionamento elétrico, que faz o tampo abrir e fechar sozinho, sem que se coloque as mãos. No interior não faltam revestimento em couro, nos bancos e nas portas. No painel, no volante e nas portas é possível encontrar alumínio escovado. Para quem viaja no banco de trás há uma saída de ar-condicionado, com controle de temperatura, além de telas de LCD e DVD, uma para cada encosto de cabeça.

Quando o "R" do câmbio é selecionado, outra tela de LCD, esta localizada no painel, liga a câmera traseira automaticamente, fazendo com que a manobra fique mais segura. Com tanta tecnologia disponível, e por R$ 335 mil, a Mercedes parece mesmo estar certa. Vai ser difícil alguém trocar o asfalto pela lama.

Fonte: Terra
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