Mercedes reduz preços de elétricos nos EUA em até R$ 85 mil
Baixa na procura da linha EQ leva a marca alemã a repensar seus passos nos EUA com suspensão de produção; foco agora é no novo CLA
A Mercedes-Benz está passando por uma reviravolta significativa na sua estratégia de veículos elétricos nos Estados Unidos. Com o fim dos subsídios governamentais e a baixa procura pelos modelos da linha EQ, a marca decidiu encerrar a produção do EQE e do EQS, incluindo suas versões SUV, na fábrica de Tuscaloosa, Alabama.
A paralisação está marcada para 1º de setembro e novos pedidos desses modelos não estão mais sendo aceitos. Embora a empresa aponte o fim dos incentivos como principal razão para a medida, o desempenho comercial dos modelos já era insatisfatório mesmo com os benefícios em vigor.
Com isso, a montadora decidiu liquidar os estoques remanescentes com descontos expressivos, chegando a até US$ 15.300 (cerca de R$ 85 mil) no caso do EQS SUV. O sedã EQE e o EQE SUV, por exemplo, passaram a custar US$ 66.100, redução de até US$ 13 mil.
A linha EQ, lançada com a proposta de marcar visualmente a nova era elétrica da Mercedes, enfrentou resistência por parte do público norte-americano. A estética futurista, que difere dos modelos tradicionais da marca, acabou afastando clientes mais conservadores.
A montadora reconheceu esse erro de posicionamento e decidiu mudar de direção. Futuros elétricos não terão mais identidade separada, mas serão versões eletrificadas das linhas já conhecidas.
Linha CLA EV quer virar o jogo da marca nos EUA
O CLA elétrico, que estreará em breve nos EUA, representa essa nova fase. Com visual arrojado, tecnologias de ponta e autonomia competitiva, o modelo foi bem recebido por especialistas e pode ser a chave para reconquistar espaço no mercado.
Enquanto isso, a Mercedes aposta nas liquidações para reduzir os estoques dos modelos EQ nos EUA, que ainda incluem unidades ano/modelo 2025 encalhadas nas concessionárias.
No primeiro semestre deste ano, as vendas de veículos elétricos da Mercedes-Benz no mercado americano caíram 50% em relação ao ano anterior. A marca agora espera virar esse jogo com uma abordagem mais alinhada às preferências dos consumidores locais.