Mais caro do mundo: Rolls-Royce exibe joia de R$ 122,5 milhões
Rolls-Royce La Rose Noire vai ter apenas quatro unidades construídas e será, provavelmente, o modelo mais caro já feito pela empresa
Sempre que se fala em marcas que são referência em luxo e requinte, a tradicionalíssima Rolls-Royce é lembrada. Pois, mais uma vez, a montadora do “duplo R” justifica a sua fama, ao apresentar a mais recente criação de sua divisão de carrocerias especiais: o Rolls-Royce La Rose Noire, um conversível hiperexclusivo, que terá apenas quatro unidades produzidas ao custo estimado – e não confirmado – de US$ 25 milhões (ou cerca de R$ 122,5 milhões).
“Rolls-Royce La Rose Noire Droptail é uma história de amor, cuidadosamente capturada e incrivelmente projetada na tela de um automóvel Rolls-Royce. É uma expressão da parceria profunda e apaixonada entre marido e mulher, que são os chefes de uma família internacional proeminente – fazer parte da sua história notável é um privilégio”, declarou Torsten Müller-Ötvös, CEO da Rolls-Royce Motor Cars.
Explicando: La Rose Noire é o nome da decoração inspirada em uma espécie de rosa francesa conhecida como Black Baccara, e que também é a flor favorita da chefe da já mencionada família que encomendou a exclusividade à Rolls-Royce.
Outro fruto dessa inspiração, o La Rose Noire Droptail estreia, como pintura exterior, uma cor vermelha muito especial, resultante não só da combinação de dois outros tons de vermelho, True Love e Mystery, mas também de um processo de aplicação que exigiu 150 intervenções para ficar perfeito.
O resultado é que, quando parado à sombra, a cor transmite a impressão de ser quase preta; mas basta ser exposta ao sol para a carroceria adotar um brilho de vermelho tipo pérola.
Igualmente chamativas, as linhas da carroçaria começam em uma dianteira mais convencional, onde não falta a tradicional grade cromada, acompanhada de finas linhas ópticas de LED e com luzes diurnas integradas.
As laterais suaves e fluídas proporcionam um estilo mais jovial, mas sem prejudicar a elegância, para, em seguida, terminar em uma traseira com estilo e lanternas diferentes de tudo aquilo que temos visto na Rolls-Royce.
O conjunto, combinado a um elegante spoiler, completam uma secção traseira verdadeiramente distinta. Há ainda o teto removível feito de fibra de carbono e com painéis de vidro especiais. Estes, ao tornarem-se quase translúcidos, por meio de um simples toque num botão, permitem uma mais fácil exploração do céu.
Apesar de toda esta atenção ao detalhe no exterior, a Rolls-Royce não deixa de apontar a cabine como o “elemento mais notável” neste La Rose Noire Droptail, desde logo, por ter demorado quase dois anos a ser aperfeiçoado.
Mas valeu a pena para que o espaço pudesse ostentar verdadeiras e complexas obras de arte, como é o caso da representação de pétalas da rosa a cair, as quais foram trabalhadas, de forma individual, a partir de 1.603 peças de folheado de madeira preta.
Já os bancos, são envoltos numa combinação de couro Vermelho True Love e Vermelho Mystery, enquanto, no centro do painel está um relógio personalizado da marca Audemars Piguet, com cronógrafo de 43 mm e contadores vermelhos, além de uma luneta interna vermelha e um segundo cronógrafo. E, ao contrário do que é habitual, este relógio pode ser removido do carro, através do simples pressionar de um botão, e, a partir daí, ser usado numa pulseira de braço.
Finalmente, a família responsável pela encomenda do veículo também pediu uma Rolls-Royce Champagne Chest (caixa refrigeradora de champanhe), única e a combinar com o carro, e que inclui as famosas taças de cristal sopradas à mão e uma bandeja para as servir.
Ainda sobre este Droptail, destaque-se o fato de, ao contrário da solução adotada nos modelos Sweptail e Boat Tail, o La Rose Noire não utiliza a mesma plataforma, conhecida como Arquitectura de Luxo, utilizada no Cullinan. Em vez disso, traz um novo chassi monocoque, feito de aço, alumínio e fibra de carbono.
Já intocável, permanece o V12 6,75 litros biturbo de 601 cv e 840 Nm, com o qual a raridade deverá ser capaz de acelerar dos 0 aos 100 km/h em menos de cinco segundos, mas também atingir uma velocidade máxima de 250 km/h.