Condução autônoma: conheça os níveis e saiba o que eles oferecem
Entenda o que diferencia cada tipo de condução autônoma dos automóveis e os recursos disponíveis em cada nível
Automóveis capazes de trafegar por conta própria, os chamados veículos com condução autônoma são cada vez mais populares, mesmo estando longe de serem acessíveis no Brasil. Há alguns dias, explicamos o que são os Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista – ADAS, na sigla em inglês. Agora, vamos mostrar quais são os níveis de automação e quais são os recursos que diferenciam cada um.
Primeiramente, é importante observar que esses níveis foram definidos pela SAE (Society of Automotive Engineers) e levam em consideração o papel dos três elementos principais no automóvel (condutor, equipamentos de condução autônoma e demais sistemas do veículo), assim como os demais aspectos que determinam o suo do automóvel, ou seja, a velocidade, o tipo de via por onde o carro trafega, o ambiente, o trânsito, o tempo da viagem e a topografia da área onde o carro se encontra.
Com base nesses parâmetros, a SAE definiu os critérios a seguir para os níveis de condução autônoma.
. Nível 0 (sem condução autônoma): cabe ao motorista controlar o automóvel durante todo o tempo em que estiver dirigindo, ainda que o veículo possua sistemas mais simples de assistência, como alerta de ponto cego, aviso de saída de faixa ou alerta de colisão frontal, por exemplo.
. Nível 1: aqui o veículo já conta com programas que podem intervir na direção, na aceleração ou na frenagem, mas não em dois sistemas ao mesmo tempo. É o caso do assistente de manutenção em faixa (que dificulta a saída de faixa involuntária) ou da frenagem automática de emergência.
. Nível 2: evolução em relação ao anterior, neste nível os programas já conseguem atuar em dois sistemas simultaneamente. É o caso do controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo, que acelera ou freia o carro para manter a distância do veículo que vai à frente.
. Nível 3: aqui o carro já é capaz de realizar algumas operações completas. O assistente de tráfego em congestionamentos (traffic jam assist), por exemplo, atua em baixas velocidades e consegue parar o veículo por completo e retomar a velocidade sem a intervenção do condutor.
. Nível 4: atualmente encontrado somente em carros conceito e protótipos, este nível já permite a automação completa do veículo, que será capaz de rodar sem que o condutor tenha de atuar, mas apenas em percursos pré-programados e dependendo de outras condições. Após sair do caminho pré-definido, o sistema requer a intervenção do motorista e se este não responder, o carro pode parar automaticamente e em segurança.
. Nível 5: é o nível máximo de automação, no qual os sistemas do carro conseguem assumir integralmente a condução, independentemente do tipo de via e das condições do trânsito, o condutor só vai intervir na direção se desejar. Essa tecnologia ainda depende de definições legais para ser liberada em vias públicas.