BYD terá centro de pesquisa e desenvolvimento de condução autônoma no RJ
Informação foi divulgada no Instagram do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), na última semana
Poucos dias depois de inaugurar sua fábrica em Camaçari (BA), a BYD fez outro grande anúncio: a empresa chinesa instalará um centro de pesquisa e desenvolvimento no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pelo prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD), no último sábado (11), via Instagram.
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O novo centro reforça a estratégia da BYD de ampliar sua presença tecnológica no Brasil, adaptando seus produtos às condições locais e reduzindo custos logísticos. O espaço será dedicado a pesquisas em condução autônoma, inteligência artificial aplicada à navegação e soluções de eficiência energética, entre elas, a adaptação dos motores para uso de etanol.
Inicialmente, o projeto previa dois polos de P&D, um deles em Salvador (BA), próximo à fábrica baiana. No entanto, Paes convenceu a empresa a concentrar o investimento no Rio, aproveitando sua relação de longa data com a marca, uma vez que ele representou a BYD na América Latina entre 2017 e 2020.
O laboratório será construído na Avenida Rio de Janeiro, próximo ao Aeroporto do Galeão, e contará com pista de testes dentro de um terreno do próprio aeroporto. Haverá áreas para ensaios em solo e até uma piscina para simular situações de alagamento. O complexo ocupará 183,3 mil m² e demandará um investimento de R$ 29,6 milhões.
Paes também manifestou interesse em atrair uma segunda fábrica da empresa para o Rio de Janeiro, mas, até o momento, a montadora não confirmou planos nesse sentido, especialmente após anunciar que pretende produzir até 600 mil veículos por ano na unidade de Camaçari.
Fábrica em Camaçari (BA) foi inaugurada na semana passada
Enquanto o centro de P&D não sai do papel, a BYD já iniciou a montagem de veículos em território nacional. A operação começou em um galpão temporário em Camaçari, onde os modelos Dolphin Mini e Song Plus estão sendo montados a partir de kits semimontados (SKD). Essa é a primeira fase do projeto industrial, que totaliza um investimento de R$ 5,5 bilhões.
Quando a linha principal entrar em funcionamento, a capacidade inicial será de 150 mil carros por ano, com possibilidade de dobrar esse número futuramente. Segundo a CEO da BYD para as Américas, Stella Li, o plano de longo prazo é atingir 600 mil unidades anuais, tornando a planta baiana a maior da empresa fora da China.
A produção em série começará com os modelos Dolphin, Dolphin Mini, Song Plus e Yuan Plus, e, em uma etapa posterior, incluirá também uma nova picape híbrida desenvolvida especialmente para o mercado brasileiro.
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