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Brasil sobe alíquotas de importação para carros eletrificados a partir deste mês

Montadoras chinesas se anteciparam à retomada gradual do imposto de importação

4 jul 2025 - 15h00
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Desde ontem (1), está em vigor uma nova fase da retomada gradual do imposto de importação para veículos eletrificados no Brasil. A medida, que faz parte da política industrial estabelecida ainda em 2023, impacta diretamente os modelos elétricos a bateria (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e híbridos plenos (HEV), com aumento nas alíquotas aplicadas sobre os veículos importados.

Com a atualização das tarifas definida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os híbridos convencionais (HEV) passaram a ser tributados em 30%, os plug-in (PHEV) em 28% e os 100% elétricos (BEV) em 25%. Essa escalada vai continuar até julho de 2026, quando todos os eletrificados importados passarão a pagar a alíquota máxima de 35%.

Chinesas tomaram atitudes antes da elevação

Apesar da elevação, o impacto imediato nos preços deve ser menos acentuado para empresas que se prepararam antecipadamente. A BYD, por exemplo, importou um lote com cerca de 7 mil veículos antes da virada da alíquota, justamente para manter os preços mais estáveis nos primeiros meses da nova cobrança.

A empresa também programou para este mês o início da montagem local de veículos em sua fábrica em Camaçari (BA), cuja inauguração ocorreu em evento realizado na última terça-feira, dia 1º.

A GWM adota estratégia semelhante. A marca dará início à montagem de seus veículos em Iracemápolis (SP) ainda neste mês, utilizando os sistemas CKD (totalmente desmontado) e SKD (semi-desmontado), que envolvem a importação de veículos desmontados ou parcialmente montados, permitindo a aplicação de tarifas reduzidas, atualmente de 16% e 18%.

Anfavea defende aplicação imediata da alíquota máxima

GWM TANK 300
GWM TANK 300
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

Essa logística industrial visa conter os efeitos da alta tributária sobre os modelos importados prontos, permitindo que os preços se mantenham minimamente competitivos no mercado brasileiro. No entanto, a decisão do governo federal tem gerado críticas.

A Anfavea, entidade que representa as montadoras no país, defende a aplicação imediata da alíquota máxima de 35% para todos os eletrificados, alegando que a medida traria maior equilíbrio entre os fabricantes instalados localmente e os importadores.

A tendência é que outras montadoras que ainda não produzem no Brasil revisem suas estratégias. Marcas como a Chery, que já têm planos de nacionalização em andamento, podem acelerar a instalação de linhas de montagem locais.

A nova política de impostos, embora vista com reservas por alguns setores, tem como meta principal fomentar a produção nacional de veículos eletrificados e consolidar uma cadeia industrial mais robusta no país. Importante destacar que os modelos fabricados no Brasil e os que já estavam em estoque antes de julho continuam isentos do novo aumento.

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Estadão
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