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AMG se arrepende, volta atrás e deixará de oferecer motor de quatro cilindros

Esportivos com motor quatro cilindros na AMG não embalam, e marca revê seus próximos passos

6 jul 2025 - 17h09
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Os atuais Mercedes-AMG C63 e GLC 63 são os mais potentes já produzidos pela marca, com 680 cv gerados por um conjunto híbrido que combina o motor 2.0 turbo de quatro cilindros (M 139L) com um motor elétrico no eixo traseiro. No entanto, mesmo com desempenho impressionante, essa configuração não agradou ao público tradicional da AMG, que esperava algo mais visceral, tal como o antigo V8 biturbo.

A própria Mercedes-AMG reconheceu isso durante a apresentação do conceito elétrico GT XX. Um executivo da marca afirmou à revista Autocar que, embora o quatro cilindros seja um dos conjuntos motrizes mais avançados já colocados num carro de produção, "falhou em cativar os nossos clientes tradicionais".

Críticas frequentes incluem a perda do som característico, a sensação menos envolvente ao volante e o peso excessivo do carro. O C 63, por exemplo, ultrapassa as 2 toneladas.

Baixa aceitação condenou motor quatro cilindros híbrido

CLA 45 S 4MATIC+
CLA 45 S 4MATIC+
Foto: Mercedes-Benz/Divulgação / Estadão

Com a aceitação abaixo do esperado, a AMG já decidiu aposentar o quatro cilindros híbrido, ainda que sem uma data exata. A substituição deve acontecer até o final de 2026, quando entra em vigor a nova norma de emissões Euro 7. Segundo a marca, adaptar o motor M 139 às novas exigências ambientais seria financeiramente inviável.

Essa mudança afetará não somente os C63 e GLC63, mas também os GT43, SL43 e os modelos da série 45, como o A45 e o CLA45, todos equipados com esse mesmo motor base.

Mercedes Benz C63 AMG
Mercedes Benz C63 AMG
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

O futuro da AMG será guiado por duas frentes: elétricos de alta performance e motores a combustão mais sofisticados, com mais cilindros e algum nível de eletrificação. No lado elétrico, o conceito GT XX antecipa uma nova geração de esportivos, com motores de fluxo axial e capacidade de recarga ultrarrápida de até 850 kW.

Já nos modelos a combustão, o diretor técnico da Mercedes, Markus Schäfer, confirmou a continuidade dos motores seis cilindros em linha e V8, todos com tecnologia híbrida leve (48V) ou plug-in. O novo V8, por exemplo, está sendo desenvolvido com virabrequim plano, semelhante ao dos superesportivos da Ferrari, e já adaptado à Euro 7.

Futuro do sedã esportivo C63 ainda é incerto

Mercedes Benz C63 AMG
Mercedes Benz C63 AMG
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

Apesar dessas novidades, o futuro do C63 ainda é uma incógnita. Há rumores de que tanto ele quanto o atual C43 (também com motor 2.0 turbo) sejam substituídos por um novo C53, com motor seis cilindros em linha M 256M — o mesmo usado no E53.

No entanto, há um obstáculo técnico: quando o Classe C atual (código W206) foi lançado em 2021, a Mercedes deixou claro que sua arquitetura só comporta motores de até quatro cilindros. O seis cilindros em linha é comprido demais. Curiosamente, o V8, por ser mais curto, poderia se encaixar com mais facilidade no cofre do motor. Por isso, não se descarta totalmente um possível retorno do V8 ao C63.

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Estadão
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