Alugar ou ter carro próprio no Uber? Veja qual opção dá mais lucro no mês
Motoristas de aplicativos podem ganhar até R$ 103.000 por ano, mas a escolha entre alugar e usar carro próprio muda bastante o lucro líquido
Alugar um carro para trabalhar como motorista de aplicativo custa em média entre R$ 500 e R$ 700 por semana, segundo dados do CT Auto. No fim do mês, o gasto fica entre R$ 2.000 e R$ 3.000, valor que já inclui seguro, manutenção e, em alguns contratos, quilometragem livre. Essa despesa é fixa – ou seja, o motorista começa o mês no vermelho antes mesmo de considerar combustível e taxas do aplicativo.
Receita e lucro dos motoristas
De acordo com levantamento da Gigu, a receita anual média de um motorista varia de R$ 77.000 a R$ 103.000, quando a jornada semanal é de 50 a 60 horas. Mas, após os custos operacionais, que incluem combustível, impostos e manutenção, o lucro líquido cai para algo entre R$ 28.000 e R$ 51.000 por ano. Na prática, o aluguel só compensa quando o motorista trabalha de forma intensiva e consegue volume alto de corridas.
O peso da rotina de trabalho
Quem opta pelo carro alugado precisa cumprir longas jornadas para justificar o investimento mensal. Isso pode tornar a rotina mais desgastante e até comprometer a saúde. Em contrapartida, a previsibilidade de custos – já que manutenção e seguro estão incluídos no contrato – é vista como uma vantagem em comparação ao carro próprio, que pode gerar despesas inesperadas.
Mobilidade e futuro do setor
Para Luiz Gustavo Neves, CEO da Gigu, motoristas de app são centrais na dinâmica urbana. “Eles ajudam a reduzir congestionamentos e oferecem alternativas mais acessíveis de transporte”, afirma. No Brasil, o mercado ainda é marcado por instabilidade regulatória e alta informalidade. O aluguel pode ser porta de entrada para muitos, mas exige disciplina, planejamento e visão realista para transformar a atividade em renda estável.