Abeifa não apoia redução de imposto para BYD montar carros em CKD e SKD
Presidente da Abeifa, Marcelo Godoy, disse ao Guia do Carro que a redução de impostos só deve ser considerada para quem faz a produção total
O pedido da montadora chinesa BYD de redução do imposto de importação para a montagem de carros em sistemas CKD e SKD na Bahia não tem o aval da Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores). A posição da Abeifa por revelada nesta sexta-feira, 11, por seu presidente, Marcelo Godoy, em entrevista ao Guia do Carro.
Segundo o site CN1 (Camaçari Notícias), a BYD protocou junto ao governo brasileiro um pedido de redução tarifária para a montagem de carros na Bahia em CDK e SKD, siglas em inglês para Veículo Completamente Desmontado (CKD) e Veículo Semi Desmontado (SKD), que chegam importados de outros países.
“Eu entendo que toda a produção para ter benefício de imposto no Brasil, ela tem que ter fases do processo construtivos incorporada na sua construção”, disse Godoy. “Se você tem uma planta que produz 100% aqui ou a maioria do processo, você é elegível. Se você simplesmente faz uma montagem, eu não entendo que deveria ser elegível a uma redução de imposto.”
Godoy disse que o pedido de redução da tarifa de importação para veículos CDK e SDK “não é um pleito da Abeifa, é um pleito da montadora”. Nesse ponto, embora a BYD seja associada da Abeifa, a associação tem a mesma posição da Anfavea (que representa as montadoras tradicionais). Entretanto, a Abeifa é contra a antecipação das tarifas para carros elétricos e híbridos importados, como quer a Anfavea.
A BYD quer que o governo fixe as tarifas para veículos elétricos e híbridos plug-in em 10% no caso de SKD e em 5% no caso de CKD. Veja abaixo qual é o calendário previsto para essas alíquotas, e que a BYD quer modificar.
A entrevista de Marcelo Godoy ao Guia do Carro está sendo editada e a versão completa será publicada em breve.