Jogamos: Sudden Attack Zero Point marca o retorno de um clássico das Lan Houses
Mais de uma década depois, o icônico FPS agora da Nexon retorna
Os tempos de Lan House ficaram marcados por jogos que definiam amizades e rivalidades, com filas para o Counter-Strike 1.6, partidas intermináveis de GunBound, sessões caóticas de Transformice e duelos em Point Blank ou DDTank. Era uma época em que cada granada rendia gritos e risadas no mesmo ambiente. Entre esses nomes, Sudden Attack também deixou sua marca, e agora volta aos holofotes com uma nova versão depois de quase 15 anos longe dos monitores.
Sudden Attack Zero Point tenta reviver essa essência, atualizando o visual e os sistemas, mas sem abandonar o estilo direto e competitivo que o consagrou. Durante os testes, ficou claro que o jogo quer reconquistar tanto os veteranos das Lan Houses quanto os curiosos que buscam um FPS mais simples e rápido, com aquele espírito raiz que muitos achavam perdido.
Combate frenético
Já faz um bom tempo que não jogava um FPS com aquele cheirinho de Lan House, e não vou negar que nunca fui muito habituado ao Sudden, já que na época dele o meu tempo era tomado por CS 1.6, Combat Arms e Point Blank. A primeira vista com esse recomeço da franquia foi uma mistura bem equilibrada de nostalgia com toques modernos, algo que dá para notar logo na primeira vez em que o jogo é iniciado.
Assim que passamos do menu inicial dá para perceber que o visual está bem mais atualizado. Tudo é direto ao ponto, com as opções de jogar, mexer nos equipamentos, ver o perfil e ajustar as configurações do jogo. A tela de loadout me surpreendeu positivamente, principalmente pelos personagens que aparecem por lá.
Eles têm visuais bem únicos, e o mais curioso é que nenhum deles possui habilidades especiais ou vantagens durante as partidas. São escolhas puramente estéticas, o que deixa o foco totalmente no tiroteio e na habilidade do jogador, sem firulas.
Na jogabilidade ele entrega exatamente o que se espera de um FPS online. Consegui testar os modos clássicos de plantar bomba e o tradicional mata-mata em equipe. O ritmo das partidas me agradou bastante, mesmo no modo de desarmar bomba, que normalmente é mais cadenciado por não ter renascimento, e tudo funcionou muito bem.
Durante as partidas o jogo conta com o sistema de hitmark, aquela marquinha que aparece quando acertamos um tiro, além das medalhas por abates duplos, tiros na cabeça e outras recompensas clássicas dos jogos de tiro.
Um ponto bem legal é que sempre que voltamos do renascimento dá para trocar o loadout caso o confronto esteja apertado. O sistema segue o padrão de uma arma principal, uma secundária, corpo a corpo e algum arremessável. A variedade de armas está bem generosa, o que me fez querer testar várias delas para ver qual combinava mais com meu estilo.
Visualmente o jogo é bem modesto, dando até a impressão de que não evoluiu tanto, considerando que já se passaram 15 anos desde o lançamento do primeiro Sudden Attack. Os gráficos não chegam ao nível de CS2 e nem de CS GO, mas dá para entender a proposta. A Nexon quer alcançar o público que não tem um PC potente, priorizando o desempenho. Quem gosta de jogar tudo no mínimo para garantir mais quadros pode achar que o jogo perde um pouco do charme, então recomendo deixar no médio para ter um bom equilíbrio entre performance e aparência.
Considerações
Sudden Attack: Zero Point resgata o que há de melhor nos FPS das antigas e mostra que ainda há espaço para esse estilo no cenário atual. Ele não tenta reinventar o gênero, apenas traz de volta o prazer simples de entrar em uma partida e testar a mira. Se a Nexon conseguir manter essa proposta até o lançamento, o retorno de Sudden Attack pode agradar tanto veteranos quanto uma nova geração de jogadores em busca de um tiro rápido e direto.
Sudden Attack: Zero Point está sendo desenvolvido para PC e não possui data de lançamento.
