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Altered Beast: celebrando o clássico imortal da Sega

A fera que apresentou o Mega Drive ao mundo

26 nov 2025 - 11h26
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Altered Beast: celebrando o clássico imortal da Sega
Altered Beast: celebrando o clássico imortal da Sega
Foto: Reprodução/Sega

Altered Beast costuma ser lembrado como um dos nomes mais emblemáticos do Mega Drive, não apenas por suas qualidades, mas porque foi, por um tempo, a porta de entrada oficial do console — antes de Sonic assumir o posto e redefinir a identidade da Sega. 

A jornada do jogo, no entanto, começa antes dos 16 bits: lançado nos arcades em 1988, ganhou múltiplas versões para computadores e consoles da época, com o Mega Drive se tornando a iteração mais icônica. Revisitar Altered Beast hoje é revisitar um clássico cujo peso histórico muitas vezes fala mais alto que suas qualidades técnicas.

O mito começa com uma frase

Poucos jogos inciam sua jornada com uma convocação tão poderosa quanto aquela voz grave ecoando "Rise from your grave!". É ali que somos arremessados para uma Grécia Antiga reinterpretada com musculatura exagerada, monstros grotescos e deuses impiedosos. 

Na trama, Zeus ressuscita um centurião para salvar Atena das garras do demônio Neff, e para tornar a missão possível, concede ao herói a habilidade de assumir formas bestiais — lobisomem, dragão, urso, tigre — cada uma trazendo ataques e poderes únicos.

É um enredo simples, quase teatral, mas que se encaixa perfeitamente na fantasia sombria que movia o design da Sega no final dos anos 80. Era o tipo de jogo que chamava atenção pela estética agressiva e pelo ritmo sempre acelerado, o suficiente para formar fila nas máquinas e virar ícone instantâneo nas casas de fliperamas.

O Mega Drive encontrou sua fera interior

Sob a liderança de Makoto Uchida, Altered Beast pavimentou o caminho para uma identidade visual e sonora que se tornaria marca registrada da empresa. Uchida ainda assinaria títulos como Golden Axe, Revenge of Death Adder e Alien Storm, e os ecos desse período aparecem com força aqui — do Chicken Leg emprestado do universo de Golden Axe ao clima de “arcade bruto” que saltava da tela.

Quando a Sega transportou Altered Beast para o Mega Drive e decidiu incluí-lo como o jogo que vinha junto no lançamento do console, o impacto foi imediato. Para muitos jogadores, foi o primeiro contato com o novo hardware — e que apresentação. O visual mais limpo, os sprites maiores e a sensação de ter um “arcade em casa” funcionaram como uma vitrine perfeita.

E a verdade é que, apesar de ser curto (pode ser finalizado em menos de vinte minutos), repetitivo e tecnicamente limitado, Altered Beast cumpria exatamente o que a Sega precisava naquele momento: mostrar ao mundo que o Mega Drive entregava algo que o rival NES simplesmente não podia — a sensação de ter um arcade dentro de casa.

A Sega aproveitou omarketing e mostrou ao munbdo, especialmente nos Estados Unidos, que o Mega Drive queria ser ousado, agressivo e estiloso. E isso influenciaria todo o catálogo que viria depois, de Golden Axe a Streets of Rage. O jogo não era apenas um beat ‘em up; era uma declaração estética e sonora, uma assinatura de atitude da empresa de quem possuia o console.

Um clássico cuja influência ecoa até hoje

Foto: Reprodução

Altered Beast não precisa competir com obras-primas modernas para ser relevante. Sua importância está no impacto cultural e na memória afetiva que carrega. É lembrado em coletâneas, homenagens, remixes e até memes — sempre com aquele misto de respeito e carinho que só os grandes clássicos conseguem gerar.

Sua estética sobrenatural e musculosa inspirou dezenas de jogos posteriores, e sua presença constante nas coleções retro da Sega mostra que ele ainda tem lugar cativo no coração dos fãs. Mais do que isso: Altered Beast representa um tipo de game design que não existe mais, bruto e direto ao ponto, feito para impressionar no primeiro contato.

Celebrar os quase 40 anos de Altered Beast é celebrar a Sega em sua fase mais elétrica, experimental e determinada. É voltar a um tempo em que máquinas piscando, trilhas sintetizadas e transformações animalescas bastavam para nos fazer acreditar que estávamos diante de algo extraordinário.

E, sejamos sinceros: depois de tantas gerações, ainda há poucos momentos tão icônicos quanto ouvir a mítica convocação que atravessou décadas — Rise from your grave!

Fonte: Game On
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