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Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 retorna com vigor e mostra que a franquia ainda importa

Mesmo sem todos os elementos esperados, a coletânea reforça o valor da franquia

16 jul 2025 - 16h45
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Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 retorna com vigor e mostra que a franquia ainda importa
Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 retorna com vigor e mostra que a franquia ainda importa
Foto: Reprodução / Activision

Na vida, existem algumas certezas — e uma delas é que certas franquias desaparecem com o tempo, mas quando reaparecem, deixam claro o quanto sempre foram especiais. Tony Hawk’s Pro Skater é uma dessas. Após o sucesso da coletânea de THPS 1+2, os pedidos por uma continuação não pararam de crescer, inclusive por parte do próprio Tony Hawk.

A chegada de Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 marca não só o retorno de dois jogos clássicos, mas também a reafirmação de como o gênero ainda pode ter espaço, quando tratado com respeito à memória dos fãs e com atenção aos detalhes modernos.

Retornando para as pistas

Logo na introdução, temos um choque de gerações entre lendas que marcaram o nome do skate na história e novos talentos que ganharam destaque nos X Games e nas Olimpíadas. Ícones como Bob Burnquist, Steve Caballero e Tony Hawk dividem espaço com nomes como Yuto Horigome, Aori Nishimura e a grande estrela brasileira Rayssa Leal, que representa a nova fase do esporte.

O modo carreira do THPS3 e do THPS4 é bem simples. Trata-se do modo tour, onde temos dois minutos para completar uma série de desafios que servem para desbloquear mais pistas. Os desafios são divertidos de se fazer e bem variados. Alguns exigem realizar um combo alto, alcançar uma pontuação sinistra, formar a palavra SKATE procurando as letras pela pista, além de ações com NPCs espalhados pelas fases, como impressionar outros skatistas.

Algumas pistas são de competição contra outros competidores, exigindo terminar com pelo menos três das melhores notas para avançar. No geral, esse modo tour é bem curto. O terceiro Tony tem apenas oito pistas, enquanto o quarto possui nove, mas ao terminar todas as fases liberamos mais conteúdo, como o tour solo para cada skatista. O elenco do jogo é bem extenso, o que soma pontos positivos pensando na quantidade de horas que o título oferece.

Pode parecer difícil cumprir todos os objetivos nesse curto tempo de dois minutos, mas eles funcionam como uma lista de tarefas para serem completadas aos poucos. Caso tenha dificuldades, o jogo conta com modificadores que podem ser ativados, como evitar quedas, dobrar a pontuação e aumentar o tempo do cronômetro. O único ponto negativo é que essas ativações desabilitam o progresso nos desafios de especialista e impedem a entrada da pontuação nos placares. Ainda assim, para quem não se importa com isso, são ferramentas úteis.

Tutorial do jogo explica bem cada mecânica
Tutorial do jogo explica bem cada mecânica
Foto: Reprodução / Matheus Santana

O título agora traz um modo online bem mais completo. Entre os destaques está o modo competitivo, em que oito skatistas disputam diferentes objetivos como ver quem pontua mais. Outra novidade é o modo HAWK, uma espécie de esconde-esconde, no qual um jogador esconde letras pela pista e o adversário precisa encontrá-las dentro do tempo limite. Também há o modo estilo livre, ideal para quem quer apenas se reunir e andar de skate sem compromisso. Todos esses modos contam com suporte a crossplay, algo que fez muita falta na coleção passada e agora aparece como uma adição essencial para manter a comunidade unida.

Mesmo com poucas músicas dos títulos anteriores, a trilha sonora continua marcante e traz um diferencial criativo. As faixas acompanham o ritmo das sessões, e quando o skatista cai, a música é interrompida com um efeito de rebobinada, voltando ao normal quando o jogador retoma o controle. Esse detalhe ajuda a mergulhar ainda mais no clima do jogo e incentiva o jogador a se arriscar cada vez mais.

O título chega localizado em português com uma abordagem respeitosa à cultura do skate, mantendo termos tradicionais como “ollie” e “revert” sem adaptações forçadas. O destaque fica para a dublagem presente até no tutorial, que conta com narrações em nossa língua e falas espalhadas pelas fases, incluindo a voz de Tony Hawk. Esse cuidado se estende ao próprio tutorial, que apresenta as mecânicas com clareza, inclusive com vídeos demonstrando as manobras.

Pacote não tão completo

Por mais que tenha gostado do modo tour, senti falta de como ele funcionava na versão antiga, principalmente no THPS4. Lá, não existia limite de tempo para realizar os objetivos, e podíamos andar livremente pela pista, interagindo com outros skatistas para entender o que precisava ser feito para pontuar e avançar. Reduzir esse conteúdo a apenas cumprir os desafios já pré-estabelecidos, mesmo que sejam os mesmos que antes eram apresentados por NPCs, acende um sinal de alerta. Isso preocupa principalmente se houver planos para uma futura volta do Tony Hawk’s Underground, que usava esse sistema de forma ainda mais desenvolvida.

Outra questão que pesa é a ausência de certos skatistas. Entendo que os personagens convidados podem ter ficado de fora por conta de licenciamento, especialmente considerando que o THPS3 tinha figuras como Wolverine e Darth Maul. Já na nova versão, tivemos o Michelangelo das Tartarugas Ninja, mas ainda assim senti falta de presenças com o mesmo impacto dos originais. Os minigames do THPS4, que adicionavam variedade à jogabilidade, também não retornaram, o que reforça a sensação de que o foco desta vez ficou restrito apenas aos desafios cronometrados.

Bom e velho Tony Hawk’s 

A pista do Rio tem várias semelhanças com a cidade real
A pista do Rio tem várias semelhanças com a cidade real
Foto: Reprodução / Matheus Santana

A jogabilidade em si não tem muito segredo para quem já jogou a coletânea anterior. A qualidade foi mantida, continua impecável e acessível para qualquer tipo de jogador. Mas o problema que notei na demonstração com a câmera infelizmente ainda está presente. Ela é pouco precisa ao fazer curvas e, por ser muito colada no personagem, atrapalha em momentos importantes, principalmente ao tentar observar melhor os arredores das pistas.

Na parte gráfica, o título impressiona. A iluminação e os efeitos deixam cada pista com um visual gratificante. Em alguns momentos, enquanto o cronômetro rodava, aproveitei para admirar o fundo das fases e o quanto elas são detalhadas. A pista do Rio de Janeiro, por exemplo, chama atenção com a presença do Cristo Redentor e referências claras à cultura brasileira, incluindo um caixa eletrônico com o nome do Banco do Brasil.

Um detalhe interessante é a loja do jogo, onde compramos shapes, roupas e segredos como personagens extras, incluindo o Bam Margera do grupo Jackass. O dinheiro para comprar esses itens é facilmente obtido jogando, sem nenhum tipo de microtransação envolvida. Também é possível desbloquear mais opções através da tela de desafios, que mostra de forma clara como completar cada um. Mais uma vez, o jogo permite criar seu próprio skatista, com liberdade para definir o estilo, base, remada e até personalizar o skate mudando as rodas e os trucks. Essa parte de customização é ampla e prazerosa, e deixa o jogador à vontade para montar o personagem do seu jeito.

Considerações

Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 - Nota 8,5
Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 - Nota 8,5
Foto: Divulgação / Game On

Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 é nostálgico, divertido e direto ao ponto. Mesmo sem entregar um pacote completo em conteúdo, acerta ao manter a essência da franquia, equilibrando modos tradicionais, opções criativas e uma apresentação refinada. A ausência de alguns elementos dos jogos originais levanta dúvidas sobre o futuro da série em eventuais reimaginações, mas o que temos aqui é suficiente para reacender o interesse por esse estilo de jogo que anda tão raro.

Pelo conjunto da obra e o que ele oferece após terminar o modo tour, o título é indispensável para quem sente falta do que esse tipo de gênero representa no mercado. A coletânea mostra que, quando o trabalho é feito com cuidado, revisitar o passado pode ser muito mais do que uma simples nostalgia.

Tony Hawk's Pro Skater 3+4 está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Switch, Switch 2, Xbox One e Xbox Series X|S, podendo ser jogado também via Game Pass

Esta análise foi feita no Xbox Series S por meio do Game Pass.

Fonte: Game On
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