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Mafia: The Old Country tem história memorável, mas poderia ter se arriscado mais

Jogo te prende com uma ótima narrativa, mas apresenta pouco conteúdo além daquilo que é mostrado na campanha

13 ago 2025 - 10h29
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Mafia: The Old Country tem história memorável, mas poderia ter se arriscado mais
Mafia: The Old Country tem história memorável, mas poderia ter se arriscado mais
Foto: Reprodução / 2K

Após os lançamentos de Mafia III e Mafia: Definitive Edition, a desenvolvedora Hangar 13 retorna a este universo e nos brinda com Mafia: The Old Country, que ocorre no início do século XX, na Itália, mais precisamente na Sicília, levando os jogadores até as origens do crime organizado.

O novo game conta a história de Enzo Favara e sua ascensão no mundo do crime, focando em uma narrativa cinematográfica, sendo muito mais linear do que os jogos anteriores da série, o que deve agradar jogadores que querem apenas uma experiência centrada na história e sem distrações, mas decepcionar aqueles que esperavam por um mundo aberto com atividades variadas para se fazer.

A Família é tudo

A história começa com Enzo realizando trabalhos forçados em uma mina de enxofre, após ter sido vendido a ela por seu pai aos cinco anos de idade. 

Passados 12 anos, a mão do destino muda completamente a vida de Enzo após um incidente ocorrer na mina, dando a ele a oportunidade de escapar. Após a fuga, ele acaba sendo encurralado pelos capangas do dono da mina, um homem impiedoso chamado Don Spadaro, mas é salvo por Don Bernardo Torrisi, rival de Spadaro, ficando então aos cuidados de Luca Trapani, seu homem de confiança.

A partir daí, Enzo precisa mostrar seu valor à família Torrisi, para conseguir ganhar a confiança de todos ao seu redor, realizando vários tipos de tarefas e missões ao longo da campanha, que dura aproximadamente 10 horas.

Mafia: The Old Country começa devagar, mas vai pegando ritmo à medida que o jogo avança. A narrativa, aliás, é o grande destaque, parecendo realmente a de um filme baseado na máfia italiana, mostrando a rixa envolvendo Don Torrisi e Don Spadaro. Os locais, personagens, ambientação, tudo se encaixa e se complementa perfeitamente para contar uma história que vai te prender do início ao fim.

Além disso, se quiser aumentar a imersão, você pode até mesmo jogar com dublagem em siciliano, considerado por alguns linguistas como um dialeto italiano e por outros como um idioma próprio.

História de Mafia: The Old Country é o ponto alto do jogo
História de Mafia: The Old Country é o ponto alto do jogo
Foto: Reprodução / 2K

Dito isso, depois que você termina o jogo, não há mais muito o que se fazer, pois não existem missões opcionais ou atividades secundárias. Você pode escolher uma opção de explorar livremente o mapa em busca dos colecionáveis, amuletos, artefatos e armas que ainda faltam ou rejogar algum dos capítulos, e é isso. 

Nesse ponto, eu acho que Mafia: The Old Country deixa a desejar, pois em vez de abraçar de forma definitiva esse lado GTA que a franquia sempre teve, os desenvolvedores preferiram não arriscar e focaram somente em entregar uma aventura cinematográfica. 

Existem vários carros de época e cavalos à sua disposição, havendo inclusive momentos na campanha onde você os usa em corridas para avançar a história, mas acabam sendo desperdiçados já que não há muito o que se explorar no mapa do jogo.

Aliás, essas limitações mostram porque Mafia: The Old Country não está sendo vendido com preço cheio, sugerindo também que o orçamento para ele ser desenvolvido não foi muito alto, impossibilitando que os desenvolvedores entregassem mais conteúdo.

Outra coisa que me incomoda nisso é que o jogo é bonito, com lindos cenários e personagens detalhados, mas não existe conteúdo que te incentive a explorar os locais do mapa, exceto se você estiver atrás de itens colecionáveis.

Após terminar a campanha, não há muito mais o que se fazer no mundo do jogo
Após terminar a campanha, não há muito mais o que se fazer no mundo do jogo
Foto: Reprodução / 2K

Falando da jogabilidade em terceira pessoa, ela entrega o arroz com feijão durante os momentos com tiroteio, havendo tipos diferentes de pistolas, rifles e espingardas para dar cabo dos inimigos, com você também podendo usar granadas ou facas nas investidas. 

Há também situações de furtividade, onde você pode utilizar uma visão especial para ver onde os inimigos estão, para daí bolar uma forma de passar por eles sem que percebam. É possível criar distrações arremessando uma moeda ou garrafa, o que serve inclusive para chegar sorrateiramente por trás dos inimigos, matá-los e esconder seus corpos dentro de baús.

Além disso, Mafia: The Old Country apresenta lutas contra chefes, com todas elas sendo duelos de facas que envolvem atacar, aparar e desviar. Depois de algum tempo, esses encontros passam a ficar repetitivos e previsíveis, já que não possuem variedade.

Considerações

Mafia: The Old Country - Nota 7,5
Mafia: The Old Country - Nota 7,5
Foto: Divulgação / Game On

Mafia: The Old Country tem uma das melhores histórias de toda a franquia e gráficos que chamam a atenção, mas acaba sendo limitado por decisões que o impedem de ser um título de mais destaque entre outros jogos de mundo aberto. Após terminar a campanha, a ausência de conteúdos secundários e opcionais mostra que não há muito mais o que fazer no game, exceto para aqueles que desejam obter todos os troféus/conquistas.

Mafia: The Old Country está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela 2K.

Fonte: Game On
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