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Chronicles of the Wolf é um metroidvania sombrio com alma 16 bits

Um sucessor espiritual de Castlevania que você não esperava

23 jul 2025 - 15h13
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Chronicles of the Wolf é um metroidvania sombrio com alma 16 bits
Chronicles of the Wolf é um metroidvania sombrio com alma 16 bits
Foto: Reprodução/PQube

Chronicles of the Wolf é o mais novo projeto da Migami Games, um estúdio independente francês que ficou conhecido por desenvolver fan games baseados na série Castlevania, como The Lecarde Chronicles. Agora, o estúdio dá um passo adiante com seu primeiro metroidvania 2D totalmente original, que se revela um mergulho profundo na fantasia sombria com fortes raízes no estilo clássico dos anos 90.

Depois de estrear com o competente Wallachia: Reign of Dracula em 2020, a Migami Games se apoia em tudo o que aprendeu para entregar um jogo que acena diretamente para os fãs de Symphony of the Night e da geração 16 bits em especial.

Confira a seguir aqui no Game On mais detalhes desse novo metroidvania.

Um metroidvania em clima de 16 bits

A história se passa na França do século XVIII, inspirando-se livremente na famosa lenda da Besta de Gévaudan, o misterioso e infame predador que aterrorizou os campos franceses e matou mais de 100 pessoas — e que também serviu de base para o filme O Pacto dos Lobos (2002).

Mas ao invés de um (suposto) animal selvagem, aqui a ameaça é um lobisomem brutal que massacra cavaleiros da Ordem da Rosa Cruz. Você assume o controle de Mateo Lombardo, um dos poucos sobreviventes, que embarca em uma jornada para vingar seus companheiros e encerrar o reinado de sangue da criatura.

A narrativa começa simples, mas se aprofunda com surpresas e revelações interessantes ao longo da jornada, criando um bom equilíbrio entre ação e história.

Chronicles of the Wolf possui visuais inspirados em jogos da geração 16 bits
Chronicles of the Wolf possui visuais inspirados em jogos da geração 16 bits
Foto: Reprodução

Visualmente, Chronicles of the Wolf é uma carta de amor à era dos 16 bits. Os cenários e sprites poderiam facilmente estar em um cartucho de Super Nintendo ou Mega Drive, com paletas de cores escuras e arquitetura gótica que evocam o espírito de Castlevania.

A exploração segue o formato tradicional do gênero, sem grandes novidades: mapas amplos e interconectados, habilidades que desbloqueiam novos caminhos, segredos escondidos, múltiplos finais e desafios de plataforma.

A trilha sonora é um destaque por si só. Com composições que misturam rock progressivo e elementos de jazz, o jogo remete aos temas épicos da série Castlevania — e não por acaso, o compostiro Óscar Araujo, de Lords of Shadow, participa da trilha.

Além disso, boas dublagens em inglês adicionam peso à ambientação, com nomes como Robert Belgrade (a voz original de Alucard) e Kira Buckland (Bloodless em Bloodstained) reforçando o elenco.

Entre o charme retrô e os tropeços da velha escola

Comandos do herói são rígidos e lentos
Comandos do herói são rígidos e lentos
Foto: Reprodução

Apesar do estilo nostálgico ser um dos principais atrativos, ele também acaba revelando os pontos mais frágeis do jogo. O controle de Mateo, por exemplo, é rígido demais — em combates intensos, a lentidão nos movimentos pode significar derrota por falhas de resposta, e não por falta de habilidade do jogador.

As seções de plataforma também carecem de precisão e fluidez, com picos de dificuldade que se tornam frustrantes, especialmente no final do jogo. Além disso, o jogo oferece pouca orientação ao jogador, o que pode ser fiel à proposta clássica, mas resulta em muito backtracking desnecessário e momentos de pura tentativa e erro.

O mapa, por exemplo, não permite adicionar marcadores ou registrar locais de interesse, o que torna a exploração mais difícil do que deveria. Somado a isso, os pontos de salvamento são espaçados demais, exigindo longas sessões de jogo no caso de morte, o que torna a experiência cansativa.

Um ponto positivo é a localização em português brasileiro, algo que valoriza o público nacional. A aventura principal tem cerca de 10 horas de duração, com possibilidade de estender caso o jogador busque o final verdadeiro ou deseje completar 100% do mapa.

Considerações

Chronicles of the Wolf - Nota 8
Chronicles of the Wolf - Nota 8
Foto: Divulgação / Game On

Chronicles of the Wolf é uma carta de amor aos tempos dourados dos metroidvanias, especialmente aos clássicos da era 16 bits e à franquia Castlevania. Com uma ótima trilha sonora, ambientação sombria e boas ideias, o jogo tem tudo para agradar aos fãs mais nostálgicos.

No entanto, seus problemas técnicos e mecânicos - como controles engessados e ausência de recursos modernos de acessibilidade - impedem que ele alcance um patamar mais alto dentro do gênero. Ainda assim, se você aprecia um desafio à moda antiga e consegue relevar algumas arestas, encontrará aqui uma experiência envolvente e cheia de atmosfera.

Chronicles of the Wolf está disponível para PC, PlayStation 5, PlayStation 4, Switch, Xbox Series X|S e Xbox One.

Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia gentilmente cedida pela PQube.

Fonte: Game On
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