Não basta ser corintiano: tem que sofrer
Timão vive momentos de filme de terror contra o Ceará, mas passa para a próxima fase
Por que facilitar se você pode complicar uma classificação que tinha sido encaminhada no jogo de ida da Copa do Brasil? Se você é daqueles que acha que tudo é mais difícil para o torcedor alvinegro, o jogo contra o Ceará serviu pra confirmar mais uma vez a música entoada no estádio do tal corintiano maloqueiro e sofredor.
Ok, nos últimos anos os torcedores não podem reclamar. Só que a sombra do terror tem teimado em reaparecer nos últimos tempos. Foi assim, na reta final do Brasileiro do ano passado. E tem sido assim nos confrontos de mata-mata na própria Copa do Brasil, na Sul-Americana, e no Paulistão contra a Ferroviária.
O roteiro de filme de horror no Itaquerão com 40 mil torcedores foi caprichado. Depois de um início arrastado e sonolento, a expulsão do ídolo Cássio no segundo tempo acabou com a monotonia.
O vilão Roger fez um gol com cara de vingança. E seguiram-se minutos intermináveis de pavor. Os cearenses se multiplicaram em campo e criaram chances atrás de chances. O filme só terminou com final feliz graças a aparição de um novo velho mocinho: Walter.
O goleiro, que poderia ser ator principal em qualquer outro time do Brasil, roubou a cena como coadjuvante e salvou o Corinthians com defesas importantes. Desde 2013, quando chegou ao Timão, Walter fez 75 jogos contra os mais de 400 de Cássio. Mas essa última aparição pode ter valido mais uma renovação de contrato.
Quem viver, verá!