Nado: brasileiras embarcam à Rússia para treino intenso e inédito
5 fev2012 - 10h26
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Flavio C. D'Almeida
Direto de São Paulo
O principal dueto do nado sincronizado brasileiro embarca neste domingo para a Rússia para treinar com Tatiana Pokrovskaya, técnica da seleção russa na modalidade. As atletas Lara Teixeira e Nayara Figueira, acompanhadas da técnica Andréa Curi e da coordenadora de seleções da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), Mônica Rosas, ficam dez dias em cidade a 80 km de Moscou, em treinamento intensivo.
Pokrovskaya, que como técnica conquistou medalhas de ouro em três edições dos Jogos Olímpicos (2000, 2004 e 2008), está abrindo o treinamento de sua equipe para estrangeiros pela primeira vez e, segundo Andréa Curi, pode ser também a última: "ela nunca abriu essa oportunidade para ninguém no mundo e acho difícil abrir de novo. Estamos super orgulhosas, super felizes por isso", disse.
Diferentemente de outros intercâmbios que já aconteceram entre os dois países, desta vez o contato será íntimo, já que as brasileiras vão ficar no centro de treinamento, junto às atletas russas. "Vamos ficar no centro de treinamento, não é nem em Moscou, é a 80 km de Moscou, então é um lugar que só vai ter isso pra fazer, ainda mais com o frio que está lá, então iremos só treinar", explicou Andréa.
Lara e Nayara, que têm grandes chances de se classificarem para os Jogos Olímpicos de Londres, esperam absorver o máximo possível da experiência e estão preparadas para treinos intensos com as russas. "Estamos indo para lá para treinar mesmo, para sofrer o que tiver que sofrer porque nosso objetivo é aprender. Então, se elas fazem qualquer tipo de treinamento físico e dói, a gente quer participar", afirmou Lara.
As vagas para a Olimpíada serão definidas no Torneio Pré-Olímpico, que acontece do dia 18 ao dia 22 de abril, em Londres. As 19 melhores duplas se classificam para os Jogos.
Londres 2012 no Terra
O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, que serão realizados entre os dias 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura contará com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.
Nações com problemas políticos, falta de estrutura, crises financeiras, recém-criadas e devastadas por guerras e conflitos também disputam a Olimpíada. Para isso, seus atletas desafiam as possibilidades em busca de classificação. O jornal This is London listou oito desses países "problemáticos" que devem enviar representantes a Londres
Foto: Getty Images
Coreia do NorteO ditador Kim Jong-un - assim como seu pai e antecessor, Kim Jong II - permite que o país envie representantes à Olimpíada. A delegação, no entanto, ocupa um espaço separado e isolado da Vila Olímpica, é proibida de fazer turismo e só deixa o local para treinar, competir ou participar das cerimônias de abertura e encerramento
Foto: Getty Images
GanaGhana foi suspenso pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2011 sob alegação de interferência governamental em seu Comitê Olímpico - houve interferência na eleição que elegeu o ex-atleta olímpico do salto triplo Francis Dodoo como presidente da entidade. A punição foi retirada após novo pleito, que continua sob suspeitas de fraude. A situação do esporte olímpico no país é instável
Foto: Getty Images
AfeganistãoApesar de devastado por guerras e disputas internas, o Afeganistão mandou representantes aos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008. No evento grego, permitiu que mulheres competissem pela primeira vez. Em Londres, deve marcar presença apesar continuar ocupado pelos Estados Unidos
Foto: Getty Images
Sudão do SulCriado em julho de 2008, o Sudão do Sul ainda não estabeleceu um Comitê Olímpico e corre contra o tempo para poder envitar representantes a Londres. Caso não consiga se adequar às normas do COI, seus atletas devem competir como neutros representante a bandeira olímpica. Em caso de medalha, ouvirão o hino olímpico no pódio. Na foto, partida de futebol é disputada em comemoração à criação do país
Foto: Getty Images
Antilhas HolandesasAs Antilhas Holandesas fizeram sua última competição nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. O País foi dissolvido em 2010: Curaçao e San Martin se tornaram países independentes, enquanto outras três ilhas viraram municípios holandeses. Assim como o Sudão do Sul, terá atletas competindo como neutros. Aruba (foto), que também fazia parte do país, se separou em 1986 e compete de forma independente desde 1988
Foto: Getty Images
PalestinaApesar não ser reconhecida como país por muitos governos, a Palestina tem status olímpico independente desde 1996. Desde então, tem se aproximado de Israel. Seus atletas contam com ajuda de israelitas para treinamento visando a Olimpíada de Londres, o que tem ajudado na obtenção de vistos para competições internacionais
Foto: Getty Images
KuwaitOs atletas do Kuwait não têm ideia se poderão disputar a Olimpíada de Londres. O país foi suspenso pelo COI devido à interferência governamental em seu Comitê Olímpico. A expectativa, segundo o jornal This is London, é de que a decisão seja revogada a tempo para os Jogos londrinos
Foto: Getty Images
ZimbábueRobert Mugabe e seu séquito não poderão ir a Londres acompanhar a Olimpíada porque estão banidos da União Europeia, decisão tomada diante das denúncias de fraude no processo eleitoral do Zimbábue e de violação dos direitos humanos. Com a crise financeira do país africano, seus atletas passam dificuldades para competir fora do país. A presença nos Jogos é dúvida