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PF vai fazer segurança da seleção brasileira na Rússia durante a Copa

Três policiais vão acompanhar o time de Tite pelo país, enquanto dois agentes ficarão baseados em Moscou

7 jun 2018 - 07h02
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Todos os passos da seleção brasileira em território russo durante a Copa do Mundo serão acompanhados por agentes da Polícia Federal (PF). Três policiais foram designados pelo Ministério da Segurança Pública especialmente para ficar com o time de Tite. O trio compõe um acordo de cooperação entre os governos de Brasil e Rússia.

A Polícia Federal também escalou outros dois agentes que ficarão baseados em Moscou, no Centro Internacional de Cooperação Policial montado pela Fifa. O Estado apurou que, entre os policiais que viajarão à Rússia no fim de semana, está um papiloscopista, profissional especialista em colher impressões digitais.

Os cinco profissionais fazem parte dos setores de Imigração, Repressão a Drogas e Facções Criminosas e Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF. Os custos da viagem serão pagos pelo governo brasileiro. Eles trabalharão em conjunto com 105 policiais de 35 países que formarão o Centro Internacional de Cooperação Policial. O Reino Unido, por exemplo, vai enviar seis oficiais para a Rússia na próxima semana.

A principal preocupação da PF é com possíveis atos de violência, vandalismo e terrorismo nos estádios, centros de treinamento e hotéis que serão utilizados pela seleção brasileira. Na Copa de 2014, realizada no Brasil, agentes da PF também fizeram a segurança da seleção.

O temor, no entanto, aumentou depois que, no ano passado, o Estado Islâmico divulgou um cartaz ameaçando Neymar. No pôster, um terrorista segura o craque da seleção, de joelhos e com as mãos atadas, e o atacante argentino Lionel Messi aparece morto. O cartaz traz ainda uma inscrição em inglês que diz: "Vocês não terão segurança enquanto nós não a vivermos nos países muçulmanos". O material faz parte de uma série de ameaças feitas pelo Estado Islâmico à realização da Copa.

Na Rússia, os agentes da PF se juntarão a seguranças particulares contratados pela CBF e policiais russos que acompanharão a seleção.

Além de atuar na proteção aos jogadores e à comissão técnica da seleção brasileira, os policiais federais poderão prestar atendimento a possíveis ocorrências envolvendo torcedores brasileiros em território russo durante o torneio. A base da seleção será em Sochi.

Na primeira fase, o time jogará em Rostov, São Petersburgo e Moscou. Após cada partida, a delegação brasileira voltará a Sochi. Se chegar à final, o Brasil também passará por Samara e Kazan, dependendo da sua posição na fase de grupos.

O acordo de cooperação entre os governos de Brasil e Rússia assinado nesta semana começou a ser negociado em dezembro do ano passado, quando o presidente Michel Temer recebeu em Brasília o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, general Nikolai Patrushev. Agora, ficou acertado que os dois países também trocarão informações de possíveis ameaças que possam surgir no Mundial, formando um banco de dados de pessoas consideradas suspeitas.

Nesta quarta-feira, o governo russo anunciou que 456 cidadãos do país estão proibidos de entrar em estádios. São torcedores considerados "agressivos" pelas autoridades locais. A principal preocupação é com possíveis confrontos entre hooligans. A lista de estrangeiros banidos das arenas no Mundial não foi divulgada.

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Estadão
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