Mundial: veja quem foi bem e quem foi mal nos elencos de Botafogo, Flamengo, Palmeiras e Fluminense

A participação dos times brasileiros na primeira Copa do Mundo de Clubes da Fifa chegou ao fim na última terça-feira, 8, quando o Fluminense foi eliminado após derrota por 2 a 0 diante do Chelsea, da Inglaterra, na semifinal do torneio. Antes do tricolor, caíram Botafogo, Flamengo e Palmeiras. 

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Entre os quatro brasileiros na disputa pelo 'Supermundial', o Flu foi quem chegou mais longe. Após a classificação ao mata-mata, o Tricolor das Laranjeiras despachou a Inter de Milão por 2 a 0, nas oitavas, e o Al-Hilal por 2 a 1, nas quartas. No entantou, parou diante do time inglês na semi. 

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Em seguida veio o Palmeiras, que eliminou o Botafogo nas oitavas, mas caiu nas quartas, também diante do Chelsea. O Glorioso e o Flamengo, por sua vez, não passaram das oitavas, com o Rubro-Negro eliminado pelo Bayern de Munique, da Alemanha, por 4 a 2. 

Naturalmente, as equipes brasileiras tiveram atletas que se destacaram ao longo do torneio, bem como aqueles que acabaram 'ofuscados' pelo desempenho aquém do esperado. 

Veja, abaixo, quem foi bem e quem foi mal nas campanhas dos times brasileiros no Mundial: 

• Botafogo

Entre os destaques positivos no elenco do Glorioso, o atacante Igor Jesus mostrou porque fará falta à tática da equipe, dada sua saída para o Nottingham Forest, da Inglaterra. O jogador de 24 anos foi o artilheiro do Botafogo no torneio, com gol marcado na estreia, contra o Seattle Sounders, e o tento que rendeu a vitória histórica contra o Paris Saint-Germain, por 1 a 0.

Passou 'escondido' na derrota por 1 a 0 contra o Atlético de Madrid e, apesar de levar risco contra o Palmeiras, não conseguiu impedir a derrota para o rival brasileiro. 

Quem também fez um bom torneio foram os 'xerifes' Jair, autor de gol na estreia, Alexander Barboza, além do goleiro John. Os defensores deram segurança à zaga do Glorioso, especialmente na fase de grupos, apesar da eliminação nas oitavas de final. 

Por outro lado, os laterais Alex Telles e Vitinho, bem como o meia e capitão Marlon Freitas, tiveram desempenho irregular no Mundial, especialmente na derrota para o Atlético de Madrid, o que fez com que o Botafogo ficasse na 2ª posição do Grupo B e encarasse o Palmeiras nas oitavas. 

• Flamengo

O meia Jorginho, recém-chegado do Arsenal, caiu como uma luva e se mostrou um dos pontos fortes do elenco rubro-negro no Mundial. Com um gol e uma assistência, o camisa 21 exibiu criatividade e pôs a máquina do treinador Filipe Luís para rodar no meio de campo. 

Mesmo estando acordado com o Zenit, da Rússia, e vivendo uma relação conturbada com a torcida do Flamengo, Gerson não entrou em campo contra o LAFC, mas mesmo na derrota diante do Bayern, conduziu a equipe na tentativa de reação e marcou um dos gols do Rubro-Negro na eliminação. 

Luiz Araújo também foi um dos 'maestros' da campanha rubro-negra nos Estados Unidos, anotando um gol e uma assistência logo na estreia, contra o Espérance, da Tunísia. 

Arrascaeta, por sua vez, 'sumiu' em momentos decisivos, especialmente contra a equipe alemã. Sem mostrar o bom futebol que o consagrou na América do Sul, o uruguaio fez falta ao potencial criativo do Flamengo durante o mata-mata.  

Pedro também dá sinais de instabilidade e não balançou as redes em solo americano. O camisa 9 passou despercebido durante a estreia e na partida contra o LAFC. Contra Chelsea e Bayern, foi sacado por Filipe Luís, que optou pelo equatoriano Gonzalo Plata. 

• Palmeiras

No elenco do Verdão, Paulinho mostrou sua capacidade em ser decisivo, mesmo lidando com uma grave lesão que o impedia de atuar por mais de 30 minutos. O camisa 10 foi essencial no empate contra Inter Miami, 'salvando' a campanha do Palmeiras ainda na fase de grupos, e ao entrar para decidir para a equipe no duelo contra o Botafogo, anotando o gol que assegurou a classificação. 

O volante Richard Rios também foi um dos destaques da campanha alviverde nos EUA, coordenando a criação de jogadas desde a defesa ao ataque, com direito à assistência para que Paulinho marcasse contra o Botafogo. O lateral esquerdo Joaquín Piquerez também se colocou como essencial ao conjunto tático de Abel Ferreira -- que mais sofreu logo na eliminação, quando o uruguaio esteve suspenso e deu lugar ao jovem Vanderlan. 

O atacante Vitor Roque, por sua vez, ainda não performou como esperado e não balançou as redes no Mundial, com diferentes chances desperdiçadas, e acabou substituído em todos os jogos em que atuou como titular, com exceção do confronto contra o Inter Miami, em que entrou no lugar de Lucas Evangelista.

Agustín Giay, lateral direito, também viveu campanha irregular, levando sustos excessivos e cedendo espaço às costas, especialmente em lançamentos e jogadas de velocidade dos adversários, como nos confrontos com o Porto, Al Ahly e Chelsea. 

A passagem do goleiro veterano Weverton, vazado quatro vezes no torneio, acabou marcada por uma falha que custou a eliminação do Palmeiras diante do Chelsea, ainda no tempo regulamentar, quando se viu rendido diante de finalização do lateral Malo Gusto.  

• Fluminense

Não só um dos melhores jogadores no elenco do Tricolor, mas também do torneio como um todo, Jhon Arias é peça-central na construção de jogadas e dominou o ataque com velocidade e força, apesar de passar a ficar mais visado pelos adversários ao longo do mata-mata e ter menos espaço em campo. 

O meia Hércules surpreendeu ao decidir contra a Inter de Milão, destaque que fez jus à campanha sólida do volante ao longo do torneio. O experiente goleiro Fábio também se impôs como paredão na última linha de defesa do Tricolor das Laranjeiras, com grandes defesas, especialmente contra Inter e Al-Hilal. 

O lateral Samuel Xavier foi outro entre os destaques positivos do Fluminense, especialmente na ênfase à velocidade no setor de Jhon Arias. 

Por outro lado, o atacante Everaldo não desencantou e acabou a passagem pelos EUA sem balançar as redes, com direito a virar 'meme' entre os torcedores, que entoavam 'chuta, Everaldo' a cada lance do camisa 9.  O titular Cano até deixou sua marca contra a Inter de Milão, mas foi improdutivo ao longo de quase toda campanha.

Por fim, Paulo Henrique Ganso foi aproveitado apenas em uma partida e deixou o campo sem completar os 90 minutos. O meia parece viver sua pior fase com a camisa do Fluminense.