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Espanha quer recuperar respeito e Rússia sonha com 'um milagre'

Seleções se enfrentam neste domingo, às 11h, no estádio Luzhniki, em Moscou

1 jul 2018 - 00h03
(atualizado às 00h03)
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Com apenas uma vitória e dois empates na fase de grupos, a Espanha chega às oitavas de final da Copa do Mundo ainda sob desconfiança. Os campeões mundiais de 2010 oscilaram entre atuações ruins e um futebol discreto em seus primeiros jogos. E se classificaram em primeiro do Grupo B apenas "por sorte", como admitiu o próprio técnico Fernando Hierro. Diante desta trajetória errática no Mundial da Rússia, o duelo com a anfitriã Rússia às 11 horas (de Brasília) deste domingo, no estádio Luzhniki, em Moscou, pode ser uma ótima oportunidade para Iniesta, David Silva e Diego Costa mostrarem seu valor e recuperarem o respeito perdido neste início de Copa.

Um duelo com os russos é benéfico para a Espanha não somente pelas fragilidades do rival. Mas por ser um adversário que gosta de sair para o jogo, como demonstrou em oito gols marcados em duas partidas. Será a chance de os espanhóis brilharem no ataque após sofrerem diante das retrancas de Irã e Marrocos.

"Não podemos ter medo de errar", diz o meia Thiago Alcântara. "Queremos jogar, dar velocidade à bola, desarmar o rival. É complicado quando a equipe adversária fica toda na defesa. Há partidas que devemos ter cuidado com os passes, mas sem medo de errar", completa o jogador do Bayern de Munique.

Os erros da Espanha, principalmente contra Portugal de Cristiano Ronaldo, geraram críticas ásperas por parte da imprensa local e causou tensão no time espanhol. Daí o temor de novas falhas, ainda na esteira do fraco desempenho na Copa de 2014, quando caiu na fase de grupos.

Mas, se depender dos jogadores, o trauma e as oscilações ficaram para trás. "Todos devemos fazer autocrítica. Viemos com a intenção de ganhar o Mundial. Estamos todos longe de casa, temos de apoiar nossa seleção", afirma Alcântara, ao rebater as críticas da imprensa na Rússia. "Estamos nas oitavas de final da Copa. Vamos aproveitar o momento, jogar futebol e avançar."

O filho do brasileiro Mazinho foi titular contra o Marrocos, mas pode perder a vaga para Koke neste domingo. Hierro quer repetir a escalação da estreia, o empate por 3 a 3 com os portugueses, no que foi a melhor apresentação da equipe nesta Copa até agora. Apesar das críticas, o treinador garantiu a permanência de De Gea no gol.

Do outro lado, a Rússia quer tentar um "milagre" diante de sua torcida. A seleção da casa já considera um grande feito avançar às oitavas, o que não fazia desde a Copa de 1986. Mas, diante da inesperada boa trajetória na fase de grupos, os russos já sonham mais alto.

"Temos que fazer um pequeno milagre. É a partida de nossas vidas. Devemos morrer em campo e mostrar o máximo, dar 100 por cento, porque aí teremos uma oportunidade", diz o atacante Artem Dzyuba, sem deixar de reconhecer o favoritismo dos espanhóis.

Para sonhar, a seleção russa aposta no bom futebol do meia Aleksandr Golovin. O jogador do CSKA Moscou, de 22 anos, tem um gol e duas assistências nesta Copa e é o maior foco de criação dos anfitriões. A dúvida está no ataque. Alan Dzagoev se machucou na estreia, mas já está recuperado. Ele foi substituído por Cheryschev, que já marcou três vezes neste Mundial e empolgou a torcida. Por isso, o artilheiro do time deve ser mantido entre os titulares.

Estadão
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