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CBF havia parado de repassar dinheiro à Federação de SC

13 dez 2016 - 13h10
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O vice-presidente da CBF, Delfim de Pádua Peixoto Filho, uma das vítimas do voo da Chapecoense, já tinha agendado uma viagem ao Rio para questionar o porquê da suspensão do repasse mensal da entidade à Federação de Futebol de Santa Catarina, da qual era presidente. Ele era o único opositor declarado, entre dirigentes de federações, ao atual mandatário da CBF, Marco Polo Del Nero.

Foto: Reprodução

A CBF dá um aporte aproximado de R$ 75 mil mensais a todas as federações estaduais, além de cerca de R$ 25 mil a cada presidente dessas entidades. Delfim contou à reportagem do Terra, três dias antes da tragédia, que havia recebido um convite do secretário geral da CBF, Walter Feldman, para um encontro na sede da entidade. Não sabia qual era a pauta, mas que trataria do assunto com Feldman, com quem mantinha uma relação amistosa.

Ele disse, no entanto, que “poderia imaginar” qual seria o motivo do não repasse, e pediu que não houvesse divulgação de nada antes de ouvir o secretário geral. Antecipou que não faria nenhum acordo para deixar de cobrar uma mudança radical na administração da CBF, com o afastamento de Del Nero.

A reunião com Feldman seria, a princípio, na segunda-feira (5), dois dias antes do segundo jogo da final da Sul-Americana. Se não saísse da sede da CBF com uma solução, Delfim pretendia convocar a imprensa para falar do caso. Ele afirmou que ouvira de vários companheiros de outras federações que estariam recebendo normalmente a ajuda mensal da CBF.

A entidade não quis se pronunciar sobre o caso.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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