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Futebol nos EUA ganha impulso ao sediar Mundial de 2026, mas não uma grande inflexão

14 jun 2018 - 11h41
(atualizado às 12h17)
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Depois de conquistar o direito de co-sediar a Copa do Mundo de 2026, o presidente da federação de futebol dos Estados Unidos, Carlos Cordeiro, comemorou a vitória na quarta-feira como um "para-raios" que irá inspirar muitas crianças norte-americanas a praticarem o esporte. 

Presidente da Fifa, Gianni Infantino, posa para fotos com representantes da candidatura conjunta de EUA, Canadá e México para Copa de 2026 13/06/2018 REUTERS/Sergei Karpukhin
Presidente da Fifa, Gianni Infantino, posa para fotos com representantes da candidatura conjunta de EUA, Canadá e México para Copa de 2026 13/06/2018 REUTERS/Sergei Karpukhin
Foto: Reuters

"Nós acreditamos que o futebol... irá se tornar o esporte preeminente na América do Norte, e eu não estou falando apenas pelos Estados Unidos", disse Cordeiro em uma teleconferência após o congresso da Fifa que escolheu a candidatura de Estados Unidos, Canadá e México e não a do Marrocos. 

Apesar da popularidade do futebol nos Estados Unidos poder contar com um estímulo, é improvável que o esporte domine o cenário nos próximos anos, segundo especialistas esportivos. 

O futebol passou por um surto de popularidade desde que os Estados Unidos sediaram a principal competição do esporte em 1994, mas ainda tem muito a crescer antes de ultrapassar o futebol americano, o baseball e o basquete. 

"Nós provavelmente não iremos conseguir grandes aumentos na participação nas categorias juvenis do futebol, como tivemos após 1994", disse Victor Matheson, um especialista em economia do esporte na Faculdade de Holy Cross, em Massachusetts. Ele disse, no entanto, que espera que 2026 "ajude a continuar a trajetória positiva do futebol por aqui". 

Dois anos após o torneio de 1994 teve início a liga norte-americana do esporte, a Major League Soccer, que começou com 10 times e cresceu para 23, 20 dos Estados Unidos e três do Canadá. O futebol juvenil teve um aumento expressivo nos números de participação para 2,4 milhões em 1995, ante 1,6 milhão em 1990. Hoje, esse número está em 4 milhões.

Os Estados Unidos não se classificaram para a Copa do Mundo deste ano, que começa nesta quinta-feira na Rússia. O México conseguiu a classificação e abre sua campanha contra a atual campeã do mundo, Alemanha, no domingo. 

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