Nos acréscimos, dupla Hulk-Paulinho decide e Galo sonha com o título brasileiro
Pela 37ª rodada da competição, dupla de ataque salva o Atlético-MG na despedida do zagueiro Réver, um líder histórico
Hulk e Paulinho foram os heróis da noite. Em tabela com Pavón, o camisa 7 fez um bonito e decisivo gol na primeira finalização certeira do Atlético-MG no jogo. Luciano empatou aos 45 minutos do segundo tempo. Parecia tudo perdido, mas Hulk deu um passe excepcional para o número 10 do Galo. Com 19 gols na competição e 30 em 2023, Paulinho deu um toquezinho de futsal por cima do goleiro aos 49. Quarta vitória seguida do time comandado por Felipão.
O Atlético está com a mesma pontuação do líder Palmeiras, com 66, mas fica na segunda posição por causa do saldo de gols menor, o segundo critério de desempate no Brasileirão.
O incrível Hulk, o melhor em campo, tem 16 participações em gols na competição. Fez oito gols e deu oito assistências. O desempenho está melhor do que na temporada 2021, quando participou de 'apenas' 14 tentos, o título brasileiro foi do Galo forte.
Depois de atuações memoráveis contra o Grêmio e o Flamengo, mesmo com a vitória por 2 a 1, o Atlético-MG não teve grande desempenho contra o São Paulo em pleno Mineirão. O Galo teve um jogo chamado ‘carne-de-pescoço’, ou seja, duro que só. O Galo encontrou muitas dificuldades com o atual campeão da Copa do Brasil. O time do técnico Luiz Felipe Scolari não conseguiu mostrar o futebol envolvente das últimas rodadas. No primeiro tempo, a melhor dupla de ataque do Campeonato Brasileiro, Hulk-Paulinho, teve uma chance de tabela. O excelente Paulinho roubou uma bola no lado esquerdo e armou um contra-ataque fantástico com o parceiro canhoto de 37 anos (com saúde e velocidade de um garoto de 18 anos). Hulk quase abriu o placar.
A primeita etapa foi truncada e chata. As duas equipes tiveram dificuldades ofensivas. Em um desses lances, Caio Paulista driblou de forma genial o lateral Mariano e o meio-campo Igor Gomes, mas, na hora de tirar o dez, chutou (ou cruzou) mal e deu chance para o desvio. Lucas Moura se lesionou e saiu da partida.
No segundo tempo, o Galo tentou, porém, a partida continuava ruim...de assistir. No entanto, no final, o jogo melhorou. Felipão colocou Pavón, Rubens e Pedrinho. O argentino, o camisa 9, deu a assistência do primeiro gol do Atlético. Luciano, do São Paulo, perdeu uma oportunidade inacreditável, mas o futebol deixa todos com o coração na boca. Logo depois, o Tricolor conseguiu um pênalti no finalzinho. Luciano teve a chance de se redimir e empatou.
O final do filme no Mineirão teve um final sensacional. Paulinho, o atacante de futebol revolucionário, fez o gol salvador depois de passe genial de Hulk. Aos 54 minutos, o uruguaio Michel Araújo acertou belo chute de canhota, mas Everson fez excepcional defesa.
A vitória mexeu tanto com todos no Galo que, na entrevista coletiva depois do jogo, o emotivo Felipão citou 'My Way', eternizada na voz de Frank Sinatra. 'My Way' não é uma música original, mas uma versão em inglês da francesa 'Comme d'habitude', de Claude François. O compositor Paul Anka adaptou e Sinatra cantou a versão mais conhecida.
Os versos dessa canção 'he record shows I took the blows' (em uma tradução grosseira: as lembranças mostram que tomei alguns golpes) e 'And did it my way' (E fiz do meu jeito) têm a cara do Felipão.
Abraços fortes e vingadores, leitoras e leitores. C'est la vie, Scolari. Eu fiz do meu jeito também, Felipão!
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