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Red Bull diz "não ter nenhuma razão para protestar" contra rake dinâmico da Mercedes

Chefe da Red Bull, Christian Horner entende que não há nada de ilegal no recurso aerodinâmico usado pela Mercedes para elevar a velocidade final, algo que veio à tona nos EUA

26 out 2021 - 08h09
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Christian Horner descartou protestar contra nova solução da Mercedes
Christian Horner descartou protestar contra nova solução da Mercedes
Foto: Mark Thompson/Getty Images/Red Bull Content Pool / Grande Prêmio

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Desde o fim de semana do GP da Turquia, a Mercedes chamou a atenção para o ganho de performance, especialmente em velocidade final, na comparação com as demais competidoras do grid, sobretudo a Red Bull. Nos últimos dias, durante a programação do GP dos EUA de F1, em Austin, imagens da traseira dos carros da Mercedes foram analisadas pelos comentaristas da emissora britânica Sky Sports, que dissecaram o 'pulo do gato', o chamado rake dinâmico.

A expressão rake, em termos simples, consiste na diferença de altura entre a parte traseira e a dianteira de um carro. Quanto maior a inclinação da traseira em relação à dianteira, mais alto é o rake. Carros como a Red Bull têm o chamado rake mais alto, enquanto Mercedes e Aston Martin, por exemplo, usam o rake mais baixo.

ANÁLISE

Christian Horner descartou protestar contra nova solução da Mercedes (Foto: Mark Thompson/Getty Images/Red Bull Content Pool)

A Red Bull mostrou preocupação sobretudo depois que a Mercedes providenciou a troca de componente do motor, mais precisamente o motor de combustão interna — ICE — dos carros de Valtteri Bottas e Lewis Hamilton nas últimas corridas, GPs da Rússia e da Turquia. Desde então, os W12 apresentaram um ganho de performance em termos de velocidade de reta.

Entretanto, câmeras de imagens da traseira dos carros da Mercedes mostraram o chamado rake dinâmico. A equipe chefiada por Toto Wolff conseguiu trabalhar o recurso aerodinâmico de modo a baixar a traseira do carro para ganhar mais velocidade. Trata-se de um movimento que lembra, a grosso modo, o funcionamento da suspensão ativa, consagrada pela Williams com o FW14B, o 'carro de outro planeta', em 1992.

Mas na esteira de um fim de semana que começou complicado, mas que terminou de forma surpreendentemente vitoriosa no GP dos EUA, a Red Bull, grande rival da Mercedes na luta pelo título em 2021, descartou qualquer possibilidade de protestar contra o novo recurso aerodinâmico da equipe de Brackley nesta reta final da temporada.

"Nunca dissemos que não achamos isso legal, portanto, não haveria absolutamente nenhuma razão para protestar", afirmou Christian Horner em entrevista veiculada pelo site holandês RacingNews365.

Depois do que se viu no fim de semana do GP dos EUA, a Red Bull procurou até minimizar a polêmica em torno do novo recurso aerodinâmico da Mercedes, embora Horner admita que o sistema possa tornar a vida dos taurinos mais difícil em circuitos onde a velocidade de reta será fundamental, como na Arábia Saudita, em circuito que vai estrear na F1 entre 3 e 5 de dezembro.

"É algo que tem sido usado historicamente. Já vimos isso com eles no passado, mas obviamente o que vimos na Turquia foi uma versão bastante radical disso. Vai ter uma influência maior em algumas pistas do que em outras. Aqui, teve um efeito reduzido. Em um lugar como Jedá, por exemplo, pode ser bastante poderoso", explicou.

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Por outro lado, Toto Wolff minimizou a influência do chamado rake dinâmico da Mercedes em um desempenho global. O dirigente austríaco falou em ganhos marginais e deixou claro que não liga para a gritaria das rivais.

"Admito, absolutamente, que este é um esporte em que os competidores sempre vão tentar descobrir se existe algum tipo de bala de prata. Minha experiência diz que não existe esse tipo de coisa. Sempre são pequenos ganhos, marginais, que foram adicionados e que trazem performance. Estamos tentando entender, melhorar nosso carro e adicionar tempo de volta sem ouvir muito o burburinho", finalizou.

A título de comparação, a velocidade final registrada pela marcação do speed trap no sábado de classificação do GP dos EUA mostrou Hamilton com 323,3 km/h de velocidade máxima, contra 322,8 km/h de Valtteri Bottas, 318,4 km/h de Sergio Pérez e 318,3 km/h de Max Verstappen.

Na corrida, no entanto, a Mercedes aferiu 326 km/h de velocidade máxima com Bottas, enquanto Verstappen cravou 324,2 km/h. Hamilton registrou 321,1 km/h e Pérez ficou com a última posição nesta lista, com 312,3 km/h. O dono da maior velocidade no fim de semana foi Lance Stroll, da Aston Martin — equipada por motor Mercedes —, com 343,8 km/h.

Grande Prêmio
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