Ferrari, Haas e Mercedes concordam: "ainda é cedo" para F1 desistir de novo regulamento
Chefes da Fórmula 1, Mattia Binotto, Guenther Steiner e Toto Wolff pediram calma com regulamento de 2022 da categoria, apontando prematuridade em qualquer tipo de conversa sobre descarte das novas regras
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A F1 deu início a uma nova era técnica em 2022. Com regulamento remodelado e feito com a intenção de promover melhores corridas e alterações no grid, a principal categoria de automobilismo passou por importantes mudanças: reduzido teto de gastos, retorno do conceito aerodinâmico do efeito-solo, maiores pneus, etc.
Com nove etapas para a conta e pouco antes da 10ª, em Silverstone, ainda não dá para dizer que o saldo da 'revolução técnica' é 100% positivo. As corridas não estão lá tão emocionantes, e o grid teve sua ordem de forças alterada, verdade, mas as equipes dos pelotões de frente e intermediário seguem as mesmas.
Além disso, não dá para esquecer o assunto mais falado da temporada, do ponto de vista técnico: o porpoising, ou quiques - como preferir. Mesmo com todos esses fatores, os chefes de equipes da Fórmula 1 afirmaram que ainda é muito cedo para descartar o regulamento da categoria.
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Steiner crê em qualidade dos engenheiros da F1 (Foto: LAT Images)
"Acho que é um pouco cedo para dizer que temos que desistir quanto ao que foi feito. Completamos somente algumas corridas com estes carros. Os engenheiros são muito bons e vão achar uma solução antes que tenhamos que fazer algo drástico", afirmou Guenther Steiner, chefe da Haas.
"Penso que vai chegar uma hora em que vamos dizer: 'como podemos fazer isso diferentemente?', ou 'se não podemos mudar o regulamento, podemos simplesmente descartá-lo?' Mas, no momento, acho que temos que ficar com este regulamento porque, em geral, não está funcionando mal", completou o italiano.
Pelo lado da Mercedes, Toto Wolff destacou a seriedade das consequências do porpoising, mas também pediu calma para maior compreensão e desenvolvimento das novas regras da F1.
Wolff, por outro lado, enfatizou problema do porpoising (Foto: Mercedes AMG-F1/Steve Etherington)
"Vimos carros que não tem o problema (quiques) - e alguns outros têm, de maneira pior, claramente. Posso falar pelos nossos dois pilotos: estão tendo problemas e chegou a um ponto que nem fisioterapia consegue resolver. Então, precisamos ver como tudo isso se desenvolve e entender porque é um problema muito pior em alguns carros e, em outros, não", disse Wolff.
Por fim, Mattia Binotto concordou com Steiner e disse ainda ser cedo para julgar a nova era técnica da principal categoria de automobilismo do mundo - que, segundo o chefe da Ferrari, possui carros confortáveis para serem guiados pelos pilotos.
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Binotto: F1 precisa "entender para melhorar" regulamento (Foto: AFP)
"Em geral, se julgarmos a F1, não penso que a categoria tem os carros mais desconfortáveis para se pilotar, em termos de monopostos. É um desafio para os pilotos, sem dúvida. Mas ainda assim, estes carros são confortáveis para pilotar", contou Binotto.
"Se olharmos para nós mesmos, poderemos ver que já fizemos progresso. Como Guenther disse, no futuro, podemos fazer mais - então é cedo para julgar. Tenho certeza que encontraremos uma solução a médio-longo prazo. Precisamos aceitar. É certamente algo em que todos nós precisamos entender melhor para melhorar, mas estou feliz em fazer isso", finalizou o chefe da escuderia italiana.
NELSON PIQUET USA TERMO RACISTA PARA SE REFERIR A HAMILTON. F1 RESPONDE
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