PUBLICIDADE

Atletismo

Ex-atleta, Zequinha Barbosa comemora 35 anos do ouro em Indianápolis

8 mar 2022 - 12h19
Compartilhar
Exibir comentários

Ex-atleta, José Luiz Barbosa, o Zequinha, comemora nesta terça-feira 35 anos da conquista da medalha de ouro no Campeonato Mundial Indoor de Indianápolis, nos Estados Unidos.

O feito aconteceu em 1987, na prova dos 800 m, com o tempo de 1:47.49. Ele foi o primeiro título da América Latina na competição.

Zequinha, que hoje trabalha como assistente técnico da equipe de cross country, meio-fundo e fundo da Universidade de Bellevue, em Nebraska, tem muitas recordações de sua primeira grande conquista. A primeira é que sua participação não estava prevista, mas foi convencido pelo treinador Luiz Alberto de Oliveira, falecido em 2021, a competir.

"Disse para ele, não estou em forma, mas você é quem manda", lembrou. Na semifinal, ficou em segundo lugar na segunda série, com 1:50.74, garantindo vaga para a decisão das medalhas.

"Fiquei atrás do holandês Rob Druppers, mas tive de fazer muita força. Tive muitas dores nas pernas. Após a prova fiquei deitado no chão de um banheiro, tentando me recuperar. E o Luiz pediu para eu fazer um trote de 5 km, fisioterapia e muito gelo, depois que me recuperasse. Quando entrei no hotel fiquei numa banheira de água quente. Foi difícil", declarou.

Zequinha obteve o tempo de 1:47.49, recorde sul-americano da época, seguido do soviético Vladimir Graudyn (1:47.68) e do marroquino Faouzi Lahbi (1:47.79).

"A conquista foi importante na minha carreira. No mesmo ano, consegui correr abaixo de 1:44 pela primeira vez e conquistei a medalha de bronze no Mundial de Roma, também de 1987", comentou, em entrevista feita diretamente do Aeroporto de Las Vegas.

O ex-atleta ainda tem a medalha de prata nos 800 m do Mundial de Tóquio-1991, além da prata em Budapeste-1989, também em pista coberta. Disputou os Jogos Olímpicos de Los Angeles-1984, Seul-1988, Barcelona-1992 e Atlanta-1996, avançando duas vezes para as finais dos 800 m e terminando em quarto lugar na Espanha.

Em toda a carreira, correu 38 vezes os 800 m abaixo de 1:45.00. Em 1991, aos 30 anos, desafiando o calendário, ele conquistou seus melhores resultados. No Mundial de Tóquio, ganhou a medalha de prata. Em Rieti, na Itália, fez 1:43.08, o melhor tempo pessoal e terminou o ano como o número um no Ranking Mundial.

Sua vida internacional ganhou força em dezembro de 1983, na cidade de Eugene, nos Estados Unidos, quando passou a treinar com Luiz Alberto de Oliveira ao lado de Joaquim Cruz e de Agberto Guimarães.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade