PUBLICIDADE

Corrida de Rua

Quênia domina a São Silvestre e vence prova masculina e feminina; jejum do Brasil aumenta

Timothy Kiplagat Rono e Catherine Reline não tiveram dificuldades e venceram com facilidade

31 dez 2023 - 09h05
(atualizado às 10h07)
Compartilhar
Exibir comentários
Catherine Reline levou o bicampeonato na São Silvestre
Catherine Reline levou o bicampeonato na São Silvestre
Foto: Roberto Casimiro/FotoArena / Estadão

O Quênia manteve o seu domínio na 98ª edição da São Silvestre e venceu tanto no masculino como no feminino. Entre os homens, Timothy Kiplagat Rono venceu com o tempo de 44min52, enquanto Catherine Reline levou o bicampeonato em 49min54 entre as mulheres.

Com isso, o Brasil viu o seu jejum de vitória na mais tradicional prova de rua do País aumentar. No feminino, o último triunfo aconteceu com Lucélia Peres, em 2006. No masculino, Marilson Gomes dos Santos ganhou em 2010, na última vez que um brasileiro esteve no topo do pódio. 

Timothy Kiplagat venceu a prova masculina da São Silvestre
Timothy Kiplagat venceu a prova masculina da São Silvestre
Foto: WILLIAN MOREIRA/ATO PRESS / Estadão

Prova masculina

Timothy Kiplagat Ronoh colocou um bom ritmo desde o início da prova e não diminuiu o ritmo nem na temida subida da Brigadeiro Luis Antônio, último trecho antes do retorno para a Avenida Paulista. Ele chegou até pedir os aplausos do público presente na rua da capital paulista. 

Emmanuel Bor (45min28s) e Reuben Longosiwa (45min44s), também do Quênia, ficaram com a segunda e terceira posição, respectivamente. 

O melhor brasileiro foi Jonatas de Oliveira Cruz, que terminou em sexto lugar, e levou a premiação de R$ 10 mil. O competidor tinha o sonho de ser jogador de futebol, mas encontrou na corrida uma outra paixão. "Não deu para realizar o sonho de ser jogador, mas a gente dá para o gasto como atleta", brincou, em entrevista à Globo, após cruzar a linha de chegada.

Prova feminina

Como na vitória em 2022, Catherine Reline começou a prova em ritmo forte. Porém, desta vez, ela tinha companhia. Sheila Chelangat, do Quênia e Wude Ayalew, da Etiópia, tentaram acompanhar a corredora de 21 anos no início da prova.

Porém, com passadas largas, a agora bicampeã abriu grande vantagem e venceu com muita facilidade. A compatriota ficou em segundo lugar e a etíope foi terceira colocada. 

A melhor brasileira foi foi Felismina Cavela, que chegou no 6º lugar. Ela também ganhou o cheque de R$ 10 mil por ser a atleta nacional mais bem colocada na prova. Angolana naturalizada brasileira comemorou o desempenho: "É um orgulho representar o Brasil. É um país que me acolheu muito bem."

Histórico da prova

O maior vencedor da São Silvestre é o queniano Paul Tergat, com cinco títulos (1995, 1996, 1998, 1999 e 2000). No feminino, a portuguesa Rosa Mota lidera com seis vitória consecutivas de 1981 a 1986.

Apesar da chegada do verão e da onda de calor que afetou o País recentemente, a prova deste ano foi realizada com clima ameno, com temperatura de 21 graus. O clima ensolarado foi propício para a festa dos corredores anônimos, que compareceram à corrida com as tradicionais faixas e fantasias — Chapolim Colorado, Homem-Aranha e Hulk eram alguns dos personagens presentes nas ruas de São Paulo.

Cerca de 35 mil corredores para o tradicional percurso de 15 quilômetros, que passa por alguns dos principais pontos turísticos de São Paulo, como o Estádio do Pacaembu e a Praça da República. Tanto a largada quanto o cruzamento da linha de chegada acontecem na Avenida Paulista, cartão postal mais famoso da capital.

Como surgiu a corrida de São Silvestre?

O idealizador da prova de São Silvestre foi o jornalista Cásper Libero. Em 1924, ele assistiu a uma competição noturna em Paris, na França, na qual os atletas percorriam o trajeto portando tochas de fogo e resolveu implementá-la no Brasil na virada do ano. A primeira corrida foi disputada à meia-noite do dia 31 de dezembro de 1924. Alfredo Gomes, apelidado de Rei do Fôlego, terminou na frente entre os 48 inscritos, com o tempo de 23min10s4/100. O percurso era de 8.800 metros. Na primeira edição, apenas moradores da cidade podiam participar. A prova foi aberta a todos os brasileiros alguns anos depois.

Quem foi São Silvestre?

O nome da corrida é inspirado em Silvestre I, o 33º papa da história do Catolicismo. Nasceu em Roma, em 295, e foi papa entre 314 a 335. Iniciou sua vida como papa com a missão de organizar Igreja Católica depois do decreto do imperador Constantino, que colocou fim à perseguição aos cristãos. Responsável por instituir o domingo como dia santo, ele morreu em 31 de dezembro de 335, razão pela qual a data se tornou o Dia de São Silvestre — após sua morte, foi canonizado santo pela Igreja e passou a ser referido como São Silvestre. Por ser realizada no último dia de cada ano, a corrida foi batizada com seu nome. *Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade