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WoodMackenzie vê queda do preço do minério de ferro para US$100/t em 2025

10 set 2024 - 18h41
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A WoodMackenzie prevê uma queda do preço do minério de ferro para média de 100 dólares por tonelada no próximo ano, ante os 108 dólares por tonelada projetados para 2024, diante uma desaceleração da demanda chinesa, afirmou nesta terça-feira o especialista de minério de ferro e aço da consultoria, Artur Bontempo.

"A demanda por aço na China não será tão intensa como nos últimos anos", afirmou Bontempo, durante participação no congresso de mineração Exposibram.

Para atingir o número projetado para este ano, o especialista ponderou a jornalistas que a tonelada, no restante do ano, teria que ficar entre 98 dólares e 100 dólares.

Bontempo também comentou sobre a busca da indústria siderúrgica por rotas que emitem menos CO2 ao longo das próximas décadas, contribuindo com um aumento da demanda por minério de ferro de mais alto teor.

Dados da consultoria apontam que haverá em 2050 um déficit de oferta de 200 milhões a 220 milhões de toneladas desse produto de maior qualidade para utilização em rotas de redução direta, que emitem menos CO2.

Ao mesmo tempo, a WoodMackenzie projeta uma redução da demanda por minério de ferro como um todo de 70 milhões de toneladas, em 2050 ante 2023.

"É um desbalanço entre oferta e demanda. Com a migração da rota de produção do aço, vai ter uma busca por minério de mais alto teor, na esteira da descarbonização", afirmou Bontempo.

A brasileira Vale, com minério de maior teor de ferro em Carajás, no Pará, tem afirmado que está bem posicionada neste cenário.

O que se observa, por exemplo, é uma migração futura de diversos atores globais da siderurgia para a rota de redução direta, que permite menos emissões do que a rota mais tradicional de alto-forno, uma vez que utiliza gás natural em vez de coque --um insumo obtido a partir do carvão mineral.

O caminho, segundo o especialista, é fundamental para atender expectativas de descarbonização no segmento, citando resultados já alcançados em países onde as rotas menos poluentes já estão mais avançadas.

Nos Estados Unidos, onde 69% da produção já utiliza fornos elétricos (um estágio após a redução direta na fabricação do aço), a intensidade de emissão de gás carbônico é de 1 tonelada de gás carbônico equivalente para 1 tonelada de aço, enquanto na China -- onde 90% da produção de aço é alto-forno -- a intensidade é de 2 toneladas de gás carbônico equivalente para cada tonelada de aço.

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