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Top Picks: Varejistas de moda ainda têm cenário desafiador no curto prazo, dizem analistas

Desde março do ano passado, setor tem sido um dos mais afetados pelas restrições para conter a covid; especialistas preveem uma recuperação mais lenta para as empresas do ramo

9 abr 2021 - 21h10
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Um dos segmentos mais impactados pela crise da pandemia, o varejo de moda ainda deve enfrentar dificuldades nos próximos meses, segundo analistas do mercado financeiro. Os resultados do primeiro trimestre devem refletir o cenário ainda complicado, e para a retomada, a maioria das corretoras tem Lojas Renner como preferida.

"O setor tem sido duramente impactado pelas medidas de restrição decorrentes da pandemia desde março do ano passado. Em alguns momentos de reabertura, vislumbramos um cenário de retomada ainda modesto, demonstrando que o setor deverá tardar para reagir de maneira mais expressiva", afirma Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos.

Para ele, as empresas têm pela frente não somente o desafio da pandemia, mas também da confiança de consumidores e investidores. A Guide tem como preferidas no setor Lojas Renner e C&A.

Na visão de Regis Chinchila, analista da Terra Investimentos, as incertezas de cenário econômico também dificultam a recuperação do segmento de varejo de vestuário. "Mesmo com o retorno do auxílio emergencial, o valor é bastante baixo e não deve ter tanto impacto positivo", diz. A preferida da Terra no segmento também é Lojas Renner.

XP e Santander também apontam dificuldades para o setor como um todo, mas recomendam alternativas diferentes da maioria dos concorrentes, para seus clientes. No caso da XP, a ação preferida é a do Grupo Soma, por sua forte presença digital. "A empresa adotou uma série de iniciativas internas que independem, de certa forma, do cenário macro, como captura de sinergias e anúncios de aquisições. Por isso, entendemos que há algumas alavancas que 'dependem apenas da companhia'", afirma Daniella Eiger, analista de varejo da XP.

Já o Santander tem como recomendação a Arezzo. Segundo a equipe do banco, o que chama atenção é a eficiência para vender roupas e vestuário por canais digitais. "Se é possível comprar por um canal eletrônico e buscar em uma loja própria ou franqueada, e lá poder ou não encaminhar a troca, isto permite potencializar a venda. A Arezzo parece estar bem avançada neste conceito, além de posicionar suas diversas marcas bem na experiência do cliente".

Em relação às carteiras recomendadas para a próxima semana, a corretora com mais alterações é a MyCap. Saíram CSN ON, Randon PN e Totvs ON para as entradas de Alpargatas PN, BRMalls ON e Even ON.

A Guide fez duas trocas, com as saídas de JBS ON e Suzano ON para a seleção de Localiza ON e Minerva ON. A Mirae trocou Marfrig ON e Vale ON por Indústrias Romi ON e Randon PN.

Algumas casas fizeram uma única troca em relação à semana passada. A Ativa Investimentos retirou Dimed ON para a entrada de Usiminas PNA.

A Órama Investimentos trocou Notre Dame ON por CSU ON. Sobre a CSU, a equipe da corretora afirma que a empresa faz um bom trabalho principalmente em ganho de eficiência operacional e substituição de serviços que tinham margens menores. "Por fim, a parceria com o Fitbank pode trazer sinergias operacionais com novas soluções para as bases de clientes das duas empresas".

A Terra trocou Totvs ON por Klabin Unit, que também entrou na carteira da XP, no lugar de Lojas Americanas PN. Veja a lista:

Estadão
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