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STF retoma julgamento sobre 'revisão da vida toda' do INSS

Tese buscava incluir no cálculo dos benefícios do INSS salários anteriores ao Plano Real; quatro ministros já votaram para anular entendimento, e julgamento no plenário virtual vai até 25 de novembro

14 nov 2025 - 11h37
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BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta sexta-feira, 14, o julgamento que deve selar o enterro da "revisão da vida toda" do INSS. Os ministros analisam se cancelam a tese aprovada em dezembro de 2022 diante da mudança de posição da Corte em 2024. Já há quatro votos para anular a tese que era favorável aos aposentados e liberar os processos que estão suspensos por decisão do relator, Alexandre de Moraes.

A tese da "revisão da vida toda" buscava incluir, no cálculo dos benefícios do INSS, os salários anteriores a julho de 1994, quando foi implantado o Plano Real. O Supremo foi favorável à revisão em dezembro de 2022. Contudo, em abril de 2024, afastou a aplicação da tese ao considerar, no julgamento de outra ação, que a regra que conta os salários a partir de 1994 é obrigatória e os aposentados não podem escolher o cálculo que lhes for mais favorável.

Como a decisão que anulou a "revisão da vida toda" foi tomada em outro processo, agora o Supremo julga recursos na ação original para adequar o novo entendimento. Em seu voto, Moraes considerou que a tese foi "superada" e votou para cancelá-la e revogar a suspensão dos processos sobre o tema. Até o momento, ele foi seguido pelos ministros Cristiano Zanin, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso. Há dois votos divergentes.

Julgamento da ‘revisão da vida toda’ do INSS vai até 25 de novembro
Julgamento da ‘revisão da vida toda’ do INSS vai até 25 de novembro
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Moraes também votou para adequar a tese à decisão mais recente do tribunal sobre a devolução de benefícios. Em abril, o Supremo já decidiu, no âmbito da outra ação, que os aposentados que receberam valores a mais em decorrência de decisões favoráveis à "revisão da vida toda" até 5 de abril de 2024 não deverão devolver os benefícios ao INSS. Os honorários e custas judiciais das ações até aquela data também não poderão ser cobradas dos beneficiários.

Até 2024, muitos aposentados conseguiram decisões favoráveis para revisar o benefício. A Corte considerou que eles não podem ser prejudicados porque foram à Justiça com base em entendimento do Supremo que vigorava na época. De acordo com dados citados no julgamento, há cerca de 140 mil ações tramitando no Judiciário sobre o tema.

O caso tem grande relevância para a União, que estimou impacto de até R$ 480 bilhões para as contas públicas caso o Supremo determinasse a revisão dos benefícios. O julgamento é realizado no plenário virtual que começa nesta sexta-feira, 14, e vai até o dia 25 de novembro.

Estadão
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