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Santander Brasil vê pressão sobre margem financeira nos próximos trimestres

30 out 2019 - 13h22
(atualizado às 13h25)
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O vice-presidente de Finanças do Santander Brasil disse nesta quarta-feira que a receita líquida de juros do banco deve sofrer pressão nos próximos trimestres, já que as taxas de juros do país atingem mínimas recordes e a concorrência cresce.

O vice-presidente de Finanças do Santander Brasil disse nesta quarta-feira que a receita líquida de juros do banco deve sofrer pressão nos próximos trimestres, já que as taxas de juros do país atingem mínimas recordes e a concorrência cresce.
REUTERS/Sergio Moraes
O vice-presidente de Finanças do Santander Brasil disse nesta quarta-feira que a receita líquida de juros do banco deve sofrer pressão nos próximos trimestres, já que as taxas de juros do país atingem mínimas recordes e a concorrência cresce. REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters

Angel Santodomingo disse a analistas numa teleconferência que o banco tenta compensar uma potencial pressão nas margens com maior receita de tarifas e menores despesas operacionais.

"O banco precisa analisar seus custos de maneira industrial", disse ele, acrescentando que ainda vê espaço para melhorias na eficiência do Santander Brasil.

O Santander Brasil divulgou pela manhã resultados do terceiro trimestre acima das estimativas dos analistas, impulsionados principalmente pelo segmento de varejo.

O lucro líquido recorrente, que exclui itens pontuais, atingiu 3,705 bilhões de reais, um aumento de 19,2% sobre um ano antes e acima dos 3,48 bilhões previstos por analistas, segundo dados da Refinitiv. Ainda assim, a unit do Santander Brasil caía 3,45% na B3 às 13h13. O Ibovespa recuava 0,44%.

CRESCIMENTO DE VAREJO

Como nos últimos trimestres, os empréstimos ao consumidor deram suporte ao lucro líquido do banco. A carteira de empréstimos alcançou 408,7 bilhões de reais, aumento de 3,7% em três meses, à medida que o banco acelerou empréstimos para compra de automóveis, consignado e cartões de crédito.

Ainda assim, o Santander manteve a cobertura dos empréstimos com atraso superior a 90 dias. O índice de inadimplência ficou estável em 3%. A margem financeira cresceu 3,9% em relação em 12 meses, para 8,9 bilhões de reais. A receita de tarifas também aumentou o lucro, devido à adição de novos clientes.

O retorno sobre o patrimônio líquido ficou em 21,1%, queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.

O presidente-executivo do banco, Sergio Rial, divulgou em outubro metas operacionais de longo prazo, prevendo manutenção do retorno sobre o patrimônio líquido acima de 21%.

Apesar dos fortes resultados do Brasil, o espanhol Santander registrou queda de 75% no lucro do terceiro trimestre.

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