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Prumo prevê investir R$ 15 bi em transição energética no Porto do Açu

Um terço do montante será investido na planta de briquete verde, insumo cada vez demandado para descarbonizar as atividades do setor siderúrgico

30 ago 2023 - 18h11
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RIO - O presidente da Prumo Logística, Rogério Zampronha, detalhou os investimentos planejados que já somam R$ 15 bilhões, em até dez anos, no Porto do Açu, no norte do Rio de Janeiro. Um terço do montante, R$ 5 bilhões, será de investimentos a médio prazo na planta de briquete verde, o HBI (Hot Briquetted Iron), insumo cada vez demandado para descarbonizar as atividades do setor siderúrgico.

Engordam a lista de projetos uma série de facilidades como a construção de um gasoduto, estruturas para armazenamento de combustíveis e petróleo cru.

"Temos projetos para o curto, médio e longo prazos. A gente comunica prazo de dez anos, mas minha estimativa é de oito anos, prazo que os projetos mais longos, de geração eólica em alto mar, vão demorar para começar a se materializar. Então espero que, para 2031 ou 2032, esses R$ 15 bilhões estejam alocados", disse Zampronha. O executivo falou na saída do "Prumo Day", que aconteceu nesta quarta-feira, 30, no Rio de Janeiro.

A instalação de um gasoduto para alimentar o parque local a partir de 2027 tem investimento estimado de R$ 4 bilhões. Já dois projetos de tancagem de combustíveis líquidos e óleo cru somam R$ 2,3 bilhões.

O porto do Açu fica localizado na região de Campos, no norte do estado do Rio de Janeiro
O porto do Açu fica localizado na região de Campos, no norte do estado do Rio de Janeiro
Foto: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO / Estadão

Há, ainda, a primeira fase de um projeto de biogás em estudo com a Geo Bio Gass&Carbon ao valor de R$ 300 milhões. Todos esses projetos têm como fito endossar o Porto do Açu como hub industrial com diversos combustíveis na porta e a preço competitivo.

Completam a projeção de investimento projetos de bases de apoio a usinas de geração eólica offshore alinhados com uma série de empresas de energia, como TotalEnergies, Shell, Equinor e Neoenergia. Esses projetos, porém, devem ser executados mais a longo prazo, começando a ganhar forma no fim do prazo estimado por Zampronha.

Tancagem e biogás

Os projetos mais próximos da execução, segundo Zampronha, são o do Terminal de Líquidos do Açú (TLA) e a planta de biogás, cujos planos foram formalizados hoje. De fato, a Prumo assinou um memorando de entendimento com a Geo Bio Gas&Carbon para a realização de estudos de viabilidade sobre a instalação de plantas de biogás em áreas próximas ao porto.

Segundo Zampronha, o acordo trata de uma primeira fase do projeto, que envolve R$ 300 milhões em investimento para a produção de 150 mil m³/ dia de biometano.

"A gente gostaria que isso chegasse a 1 milhão de metros cúbicos por dia, mas ainda não podemos garantir", disse Zampronha sobre as ambições da Prumo. Os estudos conjuntos ainda devem durar dois anos até a decisão final de investimento.

A Geo possui hoje três usinas em operação e cinco em implantação no país, que devem operar já em 2024. A provável ida da empresa para o Porto do Açu, agora, se deve entre outros fatores aos seus esforços de conexão com as malhas de gasodutos de transporte de TAG e NTS, por onde o insumo ali produzido poderá ser escoado para quase todo o território.

Já o TLA, que deve custar outros R$ 300 milhões, e o projeto "Spot", orçado em R$ 2 bilhões, visam criar condições para alimentar indústrias e refinarias do sudeste, respectivamente, e no último caso com óleo bruto do pré-sal.

"Existe um desejo da atual gestão federal e da Petrobras de aumentar a capacidade de refino. E a maneira mais fácil de aumentar a capacidade de refino é aumentar o suprimento de óleo cru para as refinarias na região. Por isso esse projeto é tão fundamental", explicou Zampronha.

Gasoduto

Item importante no pipeline da Prumo para o Porto do Açu, o investimento de R$ 4 bilhões na construção de um gasoduto para transportar gás do terminal de Cabiúnas (Macaé/RJ) para o Porto do Açu.

"Ainda não temos definida a rota final (do gasoduto), se vem de baixo para cima ou o contrário. Esperamos que esse gasoduto traga o gás (para o porto) até 2027, que é quando a planta de HBI entra em operação. A chegada desse gasoduto casa com a chegada do gás via BMC-33. A ideia é que parte desse gás alimente a indústria de HBI e também a indústria de fertilizantes, que temos estruturada, mas ainda não firmada", diz Zampronha.

Ele acrescenta que já existe licença prévia emitida para a obra do gasoduto de 110 quilômetros. "Licenciamento não é problema", disse.

Estadão
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